Covardia

Militares da Marinha são presos por sequestro e morte de policial

Corpo teria sido transportado em veículo oficial

O papiloscopista teria ido reclamar sobre materiais furtados de uma obra dele
O papiloscopista teria ido reclamar sobre materiais furtados de uma obra dele |  Foto: Reprodução
 

Quatro homens, sendo três militares da Marinha, foram presos na madrugada deste domingo (15) sob acusação de terem sequestrado, matado e escondido o corpo de um policial civil do Rio. Renato Couto de Mendonça,  papiloscopiosta do Instituto de Identificação Félix Pacheco, órgão vinculado à Polícia Civil,  foi assassinado na última sexta-feira. O crime ocorreu após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte do Rio. Segundo as investigações, um carro da Força Armada foi usado para ocultar o cadáver.

A polícia entrou no caso após o policial não comparecer ao plantão neste sábado (14). Durante as buscas, equipes da Delegacia de Homicídios, da 18ª DP (Praça da Bandeira) e do Félix Pacheco rastrearam o celular de Renato e descobriram que o perito teve uma desavença com um dono de um ferro-velho na Mangueira.

O policial teria ido reclamar sobre materiais furtados de uma obra dele, na Praça da Bandeira, e supostamente receptados pelo suspeito. Houve discussão.

Segundo as investigações, o filho do dono do estabelecimento, que é lotado da Marinha, entrou na briga e, junto com mais três amigos, sendo dois também da Marinha, matou Renato. Os suspeitos levaram o corpo em uma van oficial até a Baixada Fluminense, em um ponto do Arco Metropolitano.

Até a mannhã deste domingo (15), o corpo do perito, que teria sido jogado no Rio Guandu, em Japeri, ainda não havia sido localizado.

Em nota a Marinha do Brasil (MB) informa que tomou conhecimento, na noite de sábado (14), sobre uma ocorrência, com vítima, envolvendo militares da ativa do Comando do 1º Distrito Naval, objeto de inquérito policial no âmbito da Justiça comum.

"A MB lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares. A MB reforça, ainda, que não tolera tal comportamento, que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e informa que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência", finalizaram em nota.

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