Confissão
Morte de cuidadora: amante confessa crime após briga por veículo
O corpo da vítima foi encontrado boiando no Rio Acari

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta quinta-feira (4), o homem apontado como responsável pela morte da cuidadora Flávia Ferreira Dornelles, de 39 anos. Adriano Fernandes, de 41, foi localizado e detido por agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
Flávia desapareceu após sair do trabalho, na Tijuca, Zona Norte do Rio, no dia 29 de novembro. O corpo da cuidadora foi encontrado na última segunda-feira (1º), boiando no Rio Acari, também na Zona Norte. A investigação é tratada como feminicídio.
As investigações indicaram que, na tarde do dia 29, a vítima deixou o local de trabalho e embarcou em um veículo. A dinâmica foi registrada por imagens das câmeras de segurança, que mostraram a última vez em que ela foi vista com vida.
Segundo o portal g1, Flávia e Adriano mantinham um relacionamento extraconjugal havia cerca de um ano. Nos últimos meses, o casal vinha se desentendendo por causa de um Voyage prata, que ela tentava adquirir, mas que permanecia registrado em nome dele.
De acordo com a DDPA, o veículo foi comprado pelo homem com seu cartão, e Flávia teria devolvido o valor, porém a documentação continuou em seu nome — situação que teria alimentado constantes conflitos. O carro é o mesmo no qual Flávia aparece entrando pela última vez em imagens de câmeras de segurança.
Uma amiga da vítima relatou que Flávia insistia para que a transferência fosse concluída, mas Adriano resistia. A testemunha também contou que os dois já haviam discutido anteriormente por causa de outra compra feita no nome dele: uma motocicleta destinada ao filho de Flávia.
Confissão
Segundo os investigadores, Adriano admitiu o crime. Ele relatou que estava com Flávia em um motel quando uma nova discussão começou, novamente envolvendo o carro e a relação dos dois. De acordo com a versão apresentada, após levar um tapa, ele revidou e aplicou uma “gravata” (mata-leão). Ao soltá-la, percebeu que ela não respirava mais. Em seguida, colocou o corpo no banco do carona do Voyage e abandonou-o no Rio Acari.
O marido de Flávia reconheceu o veículo nas imagens de segurança do local onde ela foi vista pela última vez. Por saber que Adriano utilizava o carro, imediatamente ligou o veículo ao suspeito. Uma amiga da vítima também identificou o automóvel, reforçando a linha investigativa.
Inicialmente, a Justiça do Rio havia negado o pedido de prisão. No entanto, durante a madrugada desta quinta-feira, a juíza Ane Cristine Scheele Santos, do Plantão Judiciário, expediu um mandado de prisão temporária de 30 dias.

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