Denúncia

Motorista acusado de dopar passageira alega ter borrifado álcool

Caso aconteceu na última segunda-feira (2)

Caso foi registrado na Delegacia de Copacaba (12ª DP).
Caso foi registrado na Delegacia de Copacaba (12ª DP). |  Foto: Arquivo / Pedro Conforte
 

O motorista de aplicativo, acusado por uma engenheira de dopagem durante uma corrida, alegou que a subtância presente no spray usado era apenas álcool 70% para higiene das mãos. O caso foi divulgado pela passageira nas redes sociais nesta segunda-feira (2).

O caso aconteceu durante uma viagem de São Conrado, na Zona Sul do Rio, para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste. De acordo com o motorista, em depoimento na Delegacia de Copacabana (12ª DP), ele costuma utilizar o spray em todas as viagens e confirmou que a mulher pediu para parar em um posto de gasolina em busca de comprar água. No entanto, o homem contou que a passageira não demonstrou nenhum incômodo e cancelou a viagem.

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O profissional ainda informou que pensou que o cancelamento da viagem seria apenas um erro do sistema. O homem ressaltou, em depoimento, que trabalha como motorista de aplicativo há aproximadamente cinco anos. Já foram 12 mil corridas e a avaliação do profissional consta como 4,94 em uma escala de 5. 

Procurada, a Uber ressaltou que trata as denúncias com a máxima seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis. A empresa ainda contou que possui um canal de ajuda aberto para oferecer suporte e receber denúncias pelo aplicativo. A empresa complementou que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

Acusação

De acordo com a denunciante, o motorista começou a borrifar um líquido no carro durante a viagem e alegou ser álcool. No entanto, a engenheira começou a passar mal após sentir o cheiro e até perdeu parte dos sentidos, conforme apontou em post realizado no Instagram.

"Eu senti um cheiro muito forte (que não era álcool) e imediatamente uma pressão na cabeça. Em questão de segundos, eu estava vendo tudo meio turvo e com muita dificuldade de respirar. Eu pensava no que fazer sem demonstrar o que estava sentindo com medo da atitude dele", contou. 

A engenheira complementou que estava respondendo e-mails e não percebeu se o motorista jogou o spray na direção dela. Segundo o depoimento da mulher, o motorista estranhou que a passageira começou a abrir o vidro da janela com o objetivo de deixar o ar externo entrar.

"Percebi que ele começou a andar com o carro mais devagar (provavelmente fazendo hora para dar efeito) e eu quase com a cabeça inteira para fora do carro tentando respirar. Respiração cada vez mais forte, coração disparado, visão turva, pressão da cabeça e sentindo meu corpo ficar mole e sem sentir o toque das coisas. Esses eram os meus sintomas", complementou.

Com medo de acontecer algo pior, a vítima pediu que o motorista parasse em um posto de gasolina, próximo a um hospital da Avenida das Américas, para comprar água e um alimento. O condutor chegou a questionar se a passageira não queria ir direto para o endereço de destino, mas a mulher contou que ameaçou pular do veículo.

O caso segue sendo investigado pela 12ª DP. A Polícia Civil informou que a mulher fará um exame toxicológico para descobrir qual substância a passageira respirou. Todo o ocorrido foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).

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