Investigação
Motorista de app pode ter sido morto por falso passageiro
Bandido teria anunciado assalto e atirado em São Gonçalo
O motorista de aplicativo Anísio Carlos da Cunha, de 45 anos, morto após ser baleado no bairro Sete Pontes, em São Gonçalo, pode ter sido vítima do falso passageiro, que teria anunciado o assalto momentos após embarcar. A informação ainda é investigada pela Polícia Civil. O crime ocorreu na noite de quarta-feira (6).
Segundo informações, o criminoso teria embarcado no bairro Rocha, e quando chegou em Sete Pontes, anunciou o assalto e atirou atingindo a região do abdômen e tórax da vítima, que apesar de ter sido levada para o Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, não resistiu. O bandido fugiu com o carro do motorista.
Ainda sem ter o perfil do suspeito, a família aguarda o desenrolar da investigação, que está em andamento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG).
“Por que não levaram só o carro? Tiveram que tirar a vida dele?!”, esse foi o questionamento de Daniele Carvalho, viúva de Anísio, durante o sepultamento na manhã desta sexta-feira (8), no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo.
Anísio Carlos era morador do bairro Ingá, na Zona Sul de Niterói. Ele deixa esposa e duas filhas, uma de 4 e outra de 18 anos. O motorista congregava na Igreja Batista de Maricá, onde era músico.
“Eu não entendo, eu simplesmente não entendo o porquê dessa violência, o porquê que o roubo tem que vir com essa coisa horrível, porquê que só não levou o carro, sabe?! Por que não deixou ele aqui? Do mesmo jeito que a gente se sacrificou pra comprar esse carro, a gente se sacrificaria para comprar outro se ele tivesse aqui. Agora eu vou ter que começar tudo de novo sozinha”, lamentou a viúva.
Planos frustrados
Segundo a família, Anísio Carlos era eletricista e atualmente trabalhava como motorista de aplicativo para ajudar na renda familiar. A viúva conta que o casal tinha o sonho de conseguir uma casa melhor e um plano de saúde.
“Estava trabalhando como motorista de aplicativo pra gente ter uma vida mais confortável, pra gente poder conseguir ter coisas básicas, como um plano de saúde que a gente não tinha, como economizar pra gente comprar algum imóvel pra gente ter onde cair morto”, contou Daniela.
Família
A enfermeira Sandra Mara, irmã do motorista de aplicativo, foi a primeira pessoa que soube do caso. Bastante abalada, ela teve que ser amparada por outros familiares e não conseguiu acompanhar o sepultamento até o final.
“Ele era como um filho pra mim, meu melhor amigo, a gente era muito unido e sempre que ele tinha qualquer problema ele vinha pra mim, se eu tivesse algum problema eu corria pra ele, ele era um bom pai, amava muito as filhas, vivia pras filhas e ele tava vivendo um casamento muito feliz, ele tava muito feliz, cheio de perspectiva, cheio de projetos e estava trabalhando de motorista pra poder conquistar o recurso para concretizar um projeto, mas não deu tempo porque aconteceu essa fatalidade”, contou.
De acordo com a Polícia Civil, diligências são realizadas para identificar a autoria do crime e esclarecer todos os fatos.
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