Motorista de caminhão é morto em assalto na Avenida Brasil

"Não é a primeira vida que esses criminosos ceifam, nem a segunda e nem a terceira vez. A justiça do homem falha, mas a de Deus não". Este é o desabafo emocionado de Ane Caroline Alves, esposa de Alexandre Alves, um motorista de caminhão que foi morto na noite de sexta-feira (24) durante um assalto do qual foi vítima na Avenida Brasil, na altura do bairro de Jardim América, Zona Norte do Rio. O corpo dele está no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, desde então. 

Ele estava fazendo o transporte de uma carga de leite para um supermercado em Realengo quando tudo aconteceu. A carga, segundo a esposa dele, não foi mexida, mas dois celulares dele foram roubados. 

"Ele sempre me ligava quando ia dormir e quando acordava, mas quando eu cheguei da igreja na sexta não recebi nenhum áudio. Não estranhei porque às vezes ele ia para alguns lugares que não pegava sinal. No sábado, eu soube da notícia e fui para o Instituto Médico Legal (IML), mas não consegui fazer a identificação porque ele é de Recife. Estou nesse desgaste desde sábado e ainda não digeri o que houve. Foi uma quadrilha de criminosos que atua na região e tentou assaltar ele", contou.

Ane Caroline contou ainda outros detalhes do crime. "Meu marido vinha a 80 km por hora e, quando chegou na altura de Parada de Lucas, o caminhão parou, e o tiro veio na parte da frente. Teve tiro que atingiu a Bíblia de raspão, perfurações na mochila dele e um tiro que atingiu direto a cabeça que o matou. Meu marido era trabalhador. Estou triste e abalada porque ele deixou um bebê de 1 ano e 10 meses para eu cuidar e ele cuidava do meu filho especial, que é mais velho", disse ela. 

Em nota, a Polícia Militar informou que agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas foram acionados para uma ocorrência de homicídio, na Avenida Brasil, na altura do bairro de Jardim América, Zona Norte do Rio. De acordo com o comando da unidade, no local os agentes encontraram um homem morto no interior de um carro. A área foi isolada e o local preservado para o trabalho da perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).