Mistério

Motorista morto na Zona Oeste estava com mãos e pés amarrados

Pai de Leones Rodrigues esteve no IML para liberação do corpo

Leones tinha 30 anos e era bombeiro civil e pastor
Leones tinha 30 anos e era bombeiro civil e pastor |  Foto: Rede Social

O motorista de aplicativo Leones Rodrigues, de 30 anos, encontrado morto em seu carro, do modelo Ford Ka, na rua Aurélio de Oliveira, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio, nesta segunda-feira (26), estava com mãos e pés amarrados. Ele também havia acabado de se formar em um curso de bombeiro civil e estava com planos para atuar na área. 

A família ainda procura entender o que aconteceu com o rapaz que, segundo eles, não tinha problemas com ninguém.

A mãe de Leones, Leila Abrantes, escreveu um texto nas redes sociais em homenagem ao filho. Segundo ela, Leo, como era conhecido, não tinha defeitos e era um menino de sorrido largo e fácil. 

"Nada que eu falar vc vai ler,pois não está mais aqui,mas p deixar registrado o quanto sua passagem por esse mundo injusto foi importante p tanta gente, falar de vc não é difícil, não que vc não tinha defeitos,mas suas qualidades incobriam todos, Léo vc foi um menino que trouxe alegria p quem teve o prazer de conhecê-lo,seu sorriso era contagiante, minha casa era sua,meu filho era o irmão que vida deu, vc foi meu companheiro de várias ""emboscadas "" o bordão que vc usava p nossas resenhas,onde vc chegava fazia amizade, não tinha palavra Não no seu dicionário,e justamente essa palavra que levou VC de nós!! Leones Rodrigues menino de sorriso largo e fácil, um filho que toda mãe teria orgulho de ter", relatou. 

O carro em que Leones estava parou por volta de 1h06 da manhã na rua. O pai, então, achou que ele havia chegado em casa e foi dormir. Ele chegou a mandar mensagem para o filho na manhã de segunda, mas achou que ele estava cansado e seguiu o dia. Ao meio-dia, Marcelo entrou em contato com a irmã da vítima, pois Leones ainda não o havia respondido. A irmã de Leones já o encontrou morto no veículo. 

Pai esteve no IML para liberar o corpo do filho
Pai esteve no IML para liberar o corpo do filho |  Foto: Lucas Alvarenga
     
Trabalhava com o carro e, desde a madrugada de segunda (26), estávamos tentando contato com ele por telefone e ele não me respondia. Vi o carro pelo rastreador. Estava estava mais na frente na rua, abandonado, com as portas destrancadas, e o corpo dele dentro do veículo, no banco de trás, com as mãos e pés amarrados. Ele estava com um tiro na cabeça, foi covardia o que fizeram com ele. Ele não merecia isso, não Marcelo José Rodrigues, pai de Leones
 

Leones estava feliz antes do ocorrido. “Ele tinha acabado de concluir o curso de bombeiro civil. Ele trabalhava como motorista de aplicativo, mas ele ia trabalhar como bombeiro civil e complementar renda como motorista. Ele vendia doce, já foi pastor. Qualquer pessoa que o vir, falava bem dele. De sorriso fácil! A gente não sabe o porquê disso”, afirmou o pai. 

Marcelo disse que o filho foi nascido e criado na região, então, ele não acredita na teoria de que o filho negou carona para alguém. “Parece que foi um crime passional. Não sei se por dinheiro ou por mulher. Ele estava separado da esposa há dois meses. Dinheiro acredito que não foi, se não ele teria me falado. Estamos todos destruídos. Não está ninguém bem. Não consegui dormir a noite toda. Quando alguém está doente, você espera, quando ele a pessoa está no caminho errado, a gente espera, mas ele não, só trabalhava. Não tinha briga com ninguém. Tinha 1,90m, mas era bobão, tudo ele brincava, só vivia rindo”, afirmou o eletricista de 49 anos. 

O caso 

Ele foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de seu próprio carro em Senador Camará, Zona Oeste do Rio, nesta segunda (26). 

Leones Rodrigues, de 30 anos, foi localizado na rua Aurélio de Oliveira. Ele estava no banco de trás do veículo e tinha ferimento compatível com tiro na cabeça. 

Segundo a Polícia Militar, agentes do 14º BPM (Bangu) foram acionados para a ocorrência de um homem baleado. No local, foi constatado que a vítima estava em óbito. 

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O pai de Leones afirmou que, pelas câmeras, foi possível ver um rapaz encapuzado correndo com a chave do carro do filho após parar o veículo no local.

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