Eberson Luiz Santos da Silva, mototaxista morto durante uma ação policial na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, teria alertado os policiais sobre sua condição de trabalhador após ser baleado, conforme relatou um advogado e amigo da família ao G1. O caso aconteceu no último sábado (25).
Segundo o relato, Eberson, atingido inicialmente na perna, caiu e mostrou seu crachá de mototaxista, mas teria sido baleado novamente na barriga pelos policiais, ignorando seus apelos.
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O advogado Ed Wilson afirma que vizinhos tentaram socorrer Eberson, mas foram dispersados pelos policiais com spray de pimenta. A vítima foi levada para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde chegou sem vida. A versão apresentada pela polícia é a única que foi ouvida até o momento pela Divisão de Homicídios.
Moradores da região protestaram no sábado, interditando a Avenida Brasil. Eberson era descrito como uma pessoa tranquila e pacífica, muito querida na comunidade. Trabalhava como maqueiro na Organização Social Iabas, responsável pela gestão de algumas unidades de saúde da cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que ele foi maqueiro da UPA Costa Barros, mas já não integrava a equipe desde junho deste ano.
Eberson, não era casado e nem tinha filhos, ele morava com a mãe, que trabalha como faxineira na UPA da Vila Kennedy. O corpo será velado e enterrado nesta segunda-feira (27), no Cemitério de Ricardo de Albuquerque.
O que diz a PM?
De acordo com a Polícia Militar, agentes do 14° BPM (Bangu) realizavam um patrulhamento na Rua Viúva Guerreiro quando foram atacados a tiros por bandidos. Houve confronto e um dos responsáveis pelo ataque foi preso. Com ele, havia dois carregadores, um porta carregador e uma quantidade de material entorpecente.
Ainda segundo a PM, um morador foi encontrado baleado e estado grave. A vítima encaminhado para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, e, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele já chegou ao local sem vida.
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