Crime

MPRJ denuncia comerciante chinesa acusada de injúria racial no Rio

Caso aconteceu em Copacabana, na Zona Sul da cidade

Li Chen foi presa, mas pagou fiança e responde em liberdade
Li Chen foi presa, mas pagou fiança e responde em liberdade |  Foto: Reprodução
  

A comerciante Li Chen, acusada de cometer injúria racial contra a atendente Laura Brito, em uma loja de bijuterias, em Copacabana, Zona Sul do Rio, foi denunciada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) pelos crimes de  injúria qualificada, dano qualificado, vias de fato e por impedir acesso, negando-se a atender comprador.

O caso aconteceu no dia 21 de setembro. Segundo o MPRJ, a denunciada ofendeu, agrediu, quebrou o celular e se recusou a atender a vítima em uma loja, motivada por preconceito racial.

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De acordo com a denúncia, a vítima estava dentro da loja em que Li Chen trabalha, quando começou a ser seguida por ela sem razão aparente. A vítima, então, perguntou se a mesma precisava de ajuda, momento em que a denunciada arrancou a cesta que estava em sua mão, deu tapas em seu braço e jogou seu telefone no chão.

Em seguida, proferiu ofensas e intimidações, chamando-a de "macaca" e dizendo que "não quer essas neguices na minha loja", entre outras.

A denúncia ressalta que diversas pessoas presenciaram as agressões, enquanto a denunciada tentava expulsar a vítima do estabelecimento comercial.

Defesa nega

A advogada Camila Félix, que defende Li Chen, negou as acusações. Segundo a defesa, imagens de câmeras de segurança da loja comprovam que os fatos narrados pela cliente são falsos.

"As supostas ofensas informadas à imprensa e à polícia nunca foram proferidas. Tratam-se de palavras e expressões que a acusada, de nacionalidade chinesa, desconhece. A lojista não fala português e consegue apenas realizar comunicações básicas, como cumprimentos e agradecimentos, entender e responder sobre os valores de produtos", diz um trecho da nota.

Li Chen chegou a ser presa em flagrante, mas pagou uma fiança de 1,5 mil para responder em liberdade. De acordo com Camila, a prisão aconteceu sem um tradutor, sem um advogado e que o boletim de ocorrência foi assinado pela chinesa, que não sabe ler português.

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