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    Agressão

    Mulher trans leva tiro e alega ataque em Niterói por ser da Umbanda

    Caso aconteceu no último final de semana

    Publicado 25/11/2022 às 11:48 | Autor: Agnes Aguiar
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    Nicole foi agredida neste último sábado (19)
    Nicole foi agredida neste último sábado (19) |  Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

    Uma mulher trans de 26 anos sofreu uma tentativa de homicídio, após ser agredida verbalmente, por conta de sua identidade de gênero e sua religião, a umbanda. O crime ocorreu no último final de semana em Niterói. Ela registrou o caso na delegacia da região. 

    De acordo com Nicole Dellveck, a agressão aconteceu após um desentendimento na noite de sábado (19) quando ela tentava pegar um mototáxi. Na segunda-feira (21), a vítima foi alvejada por um tiro no Centro da cidade. Nicole foi baleada no rosto e a bala segue alojada na boca.

    Leia+: Polícia identifica agressores de mulher trans em Niterói

    Segundo Nicole, o caso começou quando ela e uma amiga tentavam voltar para casa, no sábado a noite, e um mototaxista as agrediu verbalmente. A mulher e seu agressor se conheciam pessoalmente.

    Nicole foi socorrida pelas pessoas que passavam pela Praça São João, local onde aconteceu a agressão. O suspeito e o filho do homem fugiram logo em seguida e não foram vistos.

    A mulher foi levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal) e mesmo hospitalizada revelou que o seu agressor continuava mandando mensagens.

    A direção da unidade médica, para onde ela foi socorrida, disse que a paciente deu entrada no hospital ainda na segunda-feira, vítima de perfuração de arma de fogo. E que na ocasião, foi atendida por cirurgião buco-maxilo-facial e profissionais de outras especialidades médicas.

    "Na avaliação técnica do profissional, não foi identificada a necessidade de procedimento cirúrgico, mas de tratamento conservador. Desta forma, ela foi medicada e recebeu alta com consulta agendada no Heal para o dia 1º de dezembro, quando seu quadro clínico será reavaliado", afirmou em nota a Secretaria Estadual de Saúde.

    Depois do ocorrido, amiga de Nicole, que foi testemunha do caso, tentou registrar um boletim de ocorrência, mas segundo ela, os policiais da 78ª DP (Fonseca) teriam feito pouco caso, tentando fazer com que ela desistisse de efetuar o registro.

    Após insistir, a Polícia Civil pegou o depoimento da testemunha, que não recebeu a cópia do que disse para os investigadores. A ocorrência foi  transferida para a delegacia do Centro de Niterói, onde Nicole prestou depoimento nesta quinta-feira (24).

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