Grave
Músico é investigado por crime sexual contra mulheres em igreja de Niterói
Conversas de WhatsApp revelam investidas até em menores

Um músico de 40 anos está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói sob acusação de assédio sexual contra jovens e menores em uma igreja evangélica, na Zona Sul da cidade, onde o acusado trabalhava até maio deste ano. O caso também foi denunciado ao Ministério Público Estadual.
De acordo com o registro de ocorrência, prints de conversas de WhatsApp mostram as investidas do acusado. Uma das vítimas, inclusive, tem um relacionamento com outro membro da igreja. Ainda segundo a denúncia, o músico foi demitido da igreja após o conhecimento do caso.
Nos prints das conversas, às quais o ENFOCO teve acesso mas não vai publicar para preservação das vítimas, é possível perceber a insistência do acusado para encontrar as mulheres. Ele tentava atrair as vítimas para o setor de música da igreja em Niterói. O suspeito dava aulas e administrava o local.
Há provas também de sucessivas curtidas de postagens nas redes sociais das vítimas, o que despertou medo nas mulheres.
Denúncias em outro estado e até fora do país
Apesar de a investigação estar concentrada em Niterói, há relatos de vítimas (anexados ao registro policial) sobre assédio sexual com contato físico contra menores de idade em igreja da mesma denominação em Sobradinho, Distrito Federal.
Estes casos teriam acontecido antes, no então local de trabalho do acusado. Ele demitiu-se. Atualmente, as vítimas do Distrito Federal são maiores de idade e não denunciaram os crimes à época com medo de se expor.
Ao contrário de Niterói, onde o assédio se concentrou nas redes sociais, os crimes sexuais foram além no Distrito Federal. Segundo os relatos, as meninas, que teriam entre 13 e 17 anos, eram trancadas nas salas de música ou no gabinete do próprio acusado dentro da igreja e pressionadas contra a parede, o que configuraria assédio com contato físico.
O músico teria atuado ainda em igrejas de Magé, na Baixada Fluminense, e de Barcelona, na Espanha.
O que dizem a Polícia Civil e o Ministério Público
A Polícia Civil e o Ministério Público não forneceram detalhes das investigações, sob argumentação de que ambas são sigilosas. Seguem as notas dos dois órgãos:
"A investigação está em andamento na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói. O caso está sob sigilo", disse a Polícia Civil.
"Por se tratar de investigação que corre sob segredo de Justiça, não podem ser fornecidas informações", relata o Ministério Público.


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