'Não pode ficar impune', diz irmão de segurança morto em Niterói

A família do segurança Leandro Oliveira Lopes da Silva, de 32 anos, continua pedindo por justiça após a morte dele. Leandro foi esfaqueado em frente à boate em que trabalhava na Rua Barão do Amazonas, no Centro de Niterói, na madrugada de 30 de setembro. Thiago Lopes, irmão do segurança, disse que dois dos três envolvidos no crime já foram presos, mas um terceiro continua solto.

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Ao ENFOCO, Thiago contou que não irá se calar e que cumprirá a promessa que fez ao irmão de conseguir justiça por seu crime.

"Estamos ainda muito tristes com a situação. Dois foram presos, mas o terceiro segue solto. Os três cometeram o crime. Esse terceiro não pode sair impune e eu prometi ao meu irmão, enquanto ele estava na cama de hospital, que conseguiria justiça. Meu irmão estava trabalhando quando o mataram", afirmou. 

O velório de Leandro terá início às 14h deste sábado (14) e o sepultamento está agendando para às 16h do mesmo dia, no Cemitério Municipal de São Gonçalo.

"Eles, daqui a pouco, podem fazer isso novamente com outra família. Eu estou acabado, já já será o enterro dele e vou ver meu irmão embaixo da terra. Isso não pode ficar impune", afirmou o irmão da vítima.

De acordo com a 76ª DP (Niterói), dois adolescentes foram apreendidos por envolvimento no crime. O caso foi encaminhado para a Justiça.

Por meio de nota, a Polícia Civil disse que "após análise das imagens das câmeras de segurança e depoimento de testemunhas, uma terceira pessoa foi indiciada por envolvimento no crime".

O caso

Segundo familiares, no dia do crime, Leandro estava trabalhando, e por volta das 2h30 foi até uma barraquinha de cachorro-quente, localizada na Rua Barão do Amazonas, na mesma via onde ele trabalha. Lá, ele começou a brincar com outro cliente, mas não se sabe por que outros dois clientes que também estavam na barraquinha se irritaram e começou uma discussão.

Ainda segundo os parentes, após a discussão, Leandro seguiu para a boate, mas minutos depois foi surpreendido pelos dois jovens que haviam discutido com ele na barraquinha de cachorro-quente e mais um terceiro homem que chegou em um carro de passeio, modelo Honda City prata. O homem sai do carro e já parte para cima de Leandro.

Em seguida, dois jovens, que estavam do outro lado da rua se aproximam e se juntam para agredir Leandro, Um deles está com um facão em uma das mãos. A vítima foi atingida sete vezes, segundo o que consta no boletim de ocorrência, e ficou caída no chão, enquanto os agressores fugiram do local.

Após o crime, Leandro foi levado para a Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, onde ficou internado até ter sua morte cerebral decretada.