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    Nem o descanso eterno é garantido em cemitério de Niterói

    Publicado 27/08/2019 às 19:38 | Autor: Ezequiel Manhães
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    A Polícia Civil abriu inquérito e fez perícia técnica no local. Foto: Ezequiel Manhães

    Dezenas de sepulturas foram alvos de vândalos na madrugada desta terça-feira (27) no Cemitério Maruí, no Barreto, Zona Norte de Niterói. Na ação criminosa, seguida de depredação, vários jazigos, tampas de mármore e cruzes foram quebradas. 

    Ainda no local, fotografias colocadas por familiares em túmulos também foram destruídas. E como se não bastasse, ossadas humanas estavam expostas no alto de dois jazigos.

    Segundo moradores da região, o ato teria sido realizado por um grupo de sete pessoas, que teria sido visto nas redondezas do cemitério no final da noite anterior. A ação criminosa foi notada também por coveiros, no período da manhã, assim que eles chegaram para trabalhar. 

    O caso aconteceu na quadra F, altura da Escadaria do Cruzeiro, no meio do cemitério. De acordo com funcionários, que preferiram não se identificar, o que mais chamou a atenção foi o fato de que muitas sepulturas são perpétuas - ou seja, pertencem à famílias que pagam pela manutenção dos espaços.

    No ambiente de devastação também foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas quebradas, possivelmente usadas pelos criminosos.

    Morador do bairro São Lourenço, Jorge Rogério, de 58 anos, contou que esteve no cemitério nesta terça, para visitar o jazigo de um familiar quando se deparou com o cenário de destruição. 

    “[Foram] Diversas sepulturas perpétuas destruídas por monstros, com nenhum intuito de roubar. Isso é uma falta de respeito e prejuízo para os órgãos públicos e familiares. Fiquei muito assustado", lamenta Rogério.

    Ele também falou sobre furtos que já aconteceram no mesmo cemitério.

    "Há um tempo roubaram peças de bronze que ficavam na sepultura dos meus familiares. Tem que colocar mais segurança e câmeras nisso aqui. O cemitério está praticamente abandonado”, relatou indignado. 

    Investigação

    Representantes da Secretaria Municipal de Obras, responsável pela administração do espaço, registraram o boletim de ocorrência na Delegacia do Fonseca (78ª DP) e disseram que o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) já está analisando imagens de câmeras de segurança instaladas na região para tentar identificar os vândalos. 

    A Polícia Civil abriu inquérito e fez perícia técnica no local.

    Procurada, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) informou que vai providenciar reforço da vigilância no local, que atualmente é realizada pela Guarda Municipal e por vigilantes terceirizados.

    De acordo com o secretário de Obras, Vicente Augusto, famílias que tiveram túmulos destruídos serão informadas através de publicação no Diário Oficial, mas não informou data para publicação.

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