Polícia

'O trabalho continua', os desafios da PM de São Gonçalo para 2022

Imagem ilustrativa da imagem 'O trabalho continua', os desafios da PM de São Gonçalo para 2022
|  Foto: Foto : Marcelo Tavares
Comandante da unidade estabeleceu metas para o próximo ano. Foto: Marcelo Tavares

"Nosso objetivo é continuar reduzindo os índices criminais de São Gonçalo e aumentar a sensação de segurança da população de um dos principais municípios do Estado do Rio"

Aristheu Lopes, comandante do 7º BPM

Pouco mais de três meses após assumir o comando do batalhão de São Gonçalo, o tenente-coronel Aristheu Lopes, celebrou as quedas no número de roubos e estabeleceu metas para o próximo ano com relação a segurança pública na cidade. Entre elas a captura de lideranças do tráfico de drogas atuantes na cidade, apreensão de armamentos utilizados pelos criminosos e a consequente redução nos indices criminais do segundo município mais populoso do estado.

O comandante credita as quedas ao trabalho de inteligência realizado pelos militares, que, diariamente, percorrem ruas da cidade com o objetivo de aumentar a sensação de segurança da população.

"Isso é fruto de um trabalho integrado entre as polícias Civil e Militar, em conjunto com a Prefeitura de São Gonçalo que, unidos, realizam um trabalho incessante no combate ao crime organizado"

Barricadas

PM de São Gonçalo
Mais de dez toneladas de barricadas já foram retiradas de comunidades em São Gonçalo. Foto: Karina Cruz

Entre as dificuldades enfrentadas pela Polícia Militar, as barricadas impostas por criminosos ainda dificultam, por vezes, o trabalho dos policiais e atrapalham a rotina dos moradores de localidades conflagradas pelo crime organizado.

"Desde o inicio do nosso trabalho, estamos reforçando que contamos com o apoio da população de bem, que nos fomenta com informações previlegiadas e favorece as ações que acabam com neutralização de criminosos e apreensão de armamentos. Ao todo, já retiramos mais de dez toneladas de bloqueios e o trabalho continua", disse Lopes.

ISP aponta queda de crimes

PM de São Gonçalo
Letalidade violenta teve queda de 46% em novembro deste ano. Foto: Arquivo

Durante o mês de novembro, São Gonçalo se destacou no combate ao crime organizado com as maiores quedas em números absolutos em todo o Estado do Rio nos seguintes índices criminais: letalidade violenta, roubo de veículo, roubo de rua e roubo de carga. Com relação ao primeiro, o município registrou 28 crimes dessa magnitude em novembro deste ano, uma queda de 46% em relação a novembro do ano passado, quando houveram 52 casos de letalidade violenta - engloba homicídio doloso, lesão seguida de morte, latrocínio e morte pela polícia.

Sobre o roubo de veículos, o município teve 118 crimes dessa magnitude, uma queda de 44% com relação ao mesmo mês do ano passado, quando 209 roubos de veículos foram registrados. Com relação ao roubo de cargas, a cidade teve 11 casos, uma redução de 72% comparados ao mesmo mês de 2020, quando tiveram 43 roubos de carga.

Já sobre roubos de rua, o município teve 195 casos em novembro deste ano, uma queda de 41% contra novembro de 2020.

Salgueiro e Alma: o desafio final

PM de São Gonçalo
Complexo do Salgueiro é a área com maior poderio bélico em São Gonçalo. Foto: Marcelo Tavares

Áreas conflagradas pelo crime organizado e com território amplo em vegetação que favorece fugas e esconderijos de traficantes, os complexos do Salgueiro e da Alma, são apontados pela polícia como os locais de maior poderio bélico e perigosos de São Gonçalo. As áreas de mata são os principais fatores apontados pelo comandante que dificultam o trabalho da Polícia Militar nesses locais.

"O Salgueiro considero o 'quartel-general' do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Nessa região é público e notório que a Polícia Militar tem dificuldades por conta da própria estrutura que favorece os criminosos", disse Aristheu.

A outra região que forma o 'dueto do mal', recentemente, foi alvo de disputa de criminosos rivais e estaria com uma nova prática de criminosos para atrapalhar incursões de policiais. Segundo o comandante do 7ºBPM, os traficantes, ao perceberem uma possível movimentação de militares, estariam fazendo disparos em pontos de ônibus e áreas com grande presença de moradores para atingir cidadãos e culpar a polícia, atrapalhando as ações.

"Vem contando com uma prática de atirar em cidadãos de bem para incriminar a polícia em incursões. A área conta com uma região conhecida como Monte das Amendoeiras, que habita grande parte de traficantes. Eles se escondem nessas áreas de mata e realizam diversos disparos na nossa direção durante as ações e patrulhamentos"

< Fluminense recebe a Chapecoense sonhando com vaga direta na Libertadores Senado aprova retorno da propaganda partidária em rádio e TV <