Caos

Ônibus queimados: ação deixa mais de 17 mil alunos sem aulas no Rio

Cerca de 40 escolas municipais foram fechadas

Mais de 35 ônibus foram incendiados por criminosos no Rio
Mais de 35 ônibus foram incendiados por criminosos no Rio |  Foto: Reprodução

Mais de 40 escolas municipais foram fechadas na tarde desta segunda-feira (23) após 35 ônibus terem sido incendiados na Zona Oeste do Rio. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, mais de 17 mil alunos foram afetados. Em algumas unidades, alunos e professores estavam dentro dos colégios e precisaram permanecer no local para ficar em segurança.

O ataque foi em represália à morte do sobrinho do miliciano Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho, identificado como Matheus da Silva Rezende, popularmente conhecido como "Faustão", na comunidade Três Pontes.

Leia +: Após morte de miliciano, mais de 20 ônibus são incendiados no Rio

Leia +: Ônibus queimados no Rio é o maior da história, dizem empresas

Já a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) informou em nota, "que todos os 350 alunos do Ciep 183 João Vitta, única unidade do estado na região em questão, foram liberados em segurança. A Seeduc informa ainda que não haverá aula durante à noite e que todos os conteúdos serão repostos de acordo com o planejamento pedagógico".

Devido aos incêndios, o trânsito na cidade também virou um caos. Em um determinado momento, a Avenida Brasil, a principal via do Rio, chegou a ser fechada. Em imagens que circulam nas redes sociais, mostram caminhões e ônibus atravessados na pista, dificultando a passagem de veículos.

Coletivos foram queimados no Zona Oeste do Rio
Coletivos foram queimados no Zona Oeste do Rio |  Foto: Reprodução

Por conta disso, milhares de pessoas foram prejudicadas, atrapalhando a volta para casa nesta segunda. A Prefeitura do Rio informou que a ação provocou reflexos nos bairros de Santa Cruz, Guaratiba, Paciência, Cosmos, Inhoaíba, Margaça e Recreio dos Bandeirantes. Às 18h40, o município entrou em estágio de atenção.

Nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes repudiou a ação criminosa. "Quando o sujeito além de bandido é burro. Milicianos na Zona Oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador.  E para piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na Zona Oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam", escreveu Paes.

Já o governador Cláudio Castro parabenizou a polícia pela morte do miliciano.

"Quero parabenizar os nossos policiais da DGPE, da Core e da Draco, por prenderem hoje, em Santa Cruz, o Faustão ou Teteu – que era o braço direito e sobrinho do miliciano Zinho. Não vamos parar. Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários", afirmou Castro. "Além do parentesco com o criminoso, ele atuava como 'homem de guerra' do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio. O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado!", postou Castro.

< Jojo mostra nova evolução após bariátrica; veja vídeo Entenda a batalha de dubladores e artistas contra a IA <