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    Baixada Fluminense

    Operação mira esquema milionário de internet em Nova Iguaçu

    Grupo conhecido como ‘Bonde do Varão’ explora serviços na região

    Publicado 27/06/2024 às 7:24 | Autor: Enfoco
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    O objetivo é cumprir 19  mandados de busca e apreensão
    O objetivo é cumprir 19 mandados de busca e apreensão |  Foto: Arquivo - Enfoco

    Nesta quinta-feira (27), uma operação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, visando desarticular uma milícia conhecida como "Bonde do Varão". O grupo é suspeito de lucrar aproximadamente R$ 10 milhões com serviços ilegais, incluindo internet, extorsão de moradores e comerciantes, além de outras atividades ilícitas.

    Liderados por Gilson Ingrácio de Souza Júnior, o Juninho Varão, e Warley Paul Mansur de Souza, o Warley Mansur, os membros da milícia atuam nos bairros de Cabuçu, Aliança, Jardim Laranjeiras, Valverde e Palhada. A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou que os recursos obtidos com as práticas criminosas eram investidos em duas empresas de provedores de internet.

    Uma delas é a Liga Banda Larga Ltda, onde Juninho Varão figura como sócio administrador, junto com Neli Cavalcante Castro como representante legal. Apesar de um capital inicial de apenas R$ 10 mil, a empresa movimentou mais de R$ 6 milhões entre julho de 2022 e julho de 2023. A outra empresa, Livesattnet Provedor de Rede de Comunicação Ltda ME, opera há sete anos sem nenhum empregado e funciona em um endereço residencial, registrando um faturamento anual de R$ 1,5 milhão.

    A liderança de Juninho Varão na milícia se consolidou após a morte de Delson Lima Neto, conhecido como Dilsinho, em agosto de 2022. A investigação também utilizou um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) para mapear a estrutura financeira do grupo, evidenciando o uso das empresas de internet como fachada para lavagem de dinheiro.

    Durante a operação, foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos e outros materiais que podem fornecer mais evidências para o processo criminal em andamento. A ação integrada entre as autoridades visa não apenas desmantelar as atividades criminosas da milícia, mas também impedir que continuem a explorar a comunidade local de forma ilegal e violenta.

    O desdobramento da operação Ruptura marca um avanço significativo no combate à criminalidade organizada na região, reforçando o compromisso das instituições de segurança e justiça em proteger a população contra grupos que buscam enriquecer às custas do terror e da ilegalidade.

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