Abuso

Paciente estuprada por médico ainda não sabe de abuso, diz delegada

Esposo da vítima deve ser ouvido nesta quarta (13)

Bárbara Lomba outros investiga seis casos suspeitos
Bárbara Lomba outros investiga seis casos suspeitos |  Foto: Lucas Alvarenga
 

A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, disse ao ENFOCO nesta quarta-feira (13) que a mulher estuprada pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, ainda não sabe que foi abusada durante o trabalho de parto.

"É necessário que a mulher tenha condições psicológicas para poder saber do que aconteceu", disse. A policial não deu maiores detalhes.

Segundo a delegada, 'tudo indica' que Giovanni sedava as vítimas para cometer os crimes.

"Com todas as informações que nós coletamos até agora, a sedação pareceu desnecessária, feita no final do procedimento. Há relato de questionamento feito a ele do porquê estava sedando, já que a paciente não estava nervosa e nem agitada. Com todas essas peças consolidadas, tudo indica que a sedação era feira para a prática dos crimes", afirmou.

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Perícia

O celular que filmou o crime, além de gases e medicamentos utilizados na cirurgia serão levados ainda nesta quarta para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Esses itens serão periciados, segundo afirmou a Bárbara Lomba.

"Irei precisar da ajuda de um auxiliar para analisar cada medicamento usado pelo anestesista", frisou.

Investigação

A delegada investiga seis casos suspeitos, sendo cinco no Hospital da Mulher de São João de Meriti, e um no Hospital da Mãe, em Mesquita.

"Eu já solicitei o prontuário dos partos realizados na unidade de Mesquita, a direção ficou de mandar até a próxima semana", disse.

O marido da vítima era esperado para prestar depoimento nesta terça-feira (12), mas como não compareceu na sede da DEAM poderá ser ouvido nesta quarta.

Prisão

Giovanni foi preso em flagrante após ser gravado cometendo o crime. A prisão foi convertida para preventiva durante audiência de custódia na tarde desta terça. Ele foi levado para Bangu 8 durante a noite, onde foi hostilizado por outros detentos. 

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) aprovou, em reunião plenária a suspensão provisória de Giovanni após ter acesso às imagens do estupro.

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