Operação
PM de São Gonçalo e ex-PM presos por mortes em Itaboraí
Ambos são acusados de integrar milícia na região
Em uma operação realizada na manhã desta quinta-feira (9), a Polícia Civil prendeu dois homens acusados de liderar um grupo paramilitar responsável por homicídios e confrontos violentos em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.
Um policial militar lotado no 7º BPM (São Gonçalo), e um ex-PM expulso da corporação, foram capturados após investigações que revelaram uma conexão com facções criminosas e a morte de dois traficantes. Ambos tinham mandados de prisão temporária expedidos pela 1ª Vara Criminal de Itaboraí.
A ação foi comandada pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), sob liderança do delegado Willians Batista, tendo apoio de diferentes setores da Polícia Civil, além da Corregedoria da Polícia Militar. As equipes de inteligência e captura conseguiram localizar os suspeitos em Itaboraí. Eles não resistiram à prisão.
De acordo com as investigações, o PM da ativa seria o líder de um grupo paramilitar que atua no bairro Retiro São Joaquim, em Itaboraí. Esse grupo, segundo a polícia, tem ligação com a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), e estaria em guerra pelo controle da região com a facção rival, o Comando Vermelho (CV). A disputa gerou uma série de homicídios nos últimos anos.
Já o ex-PM, que já havia sido preso em 2018 na Operação Salvator, é apontado como o "braço armado" da milícia, sendo responsável direto por diversas execuções a mando do grupo.
Durante as investigações, a polícia descobriu que os dois participaram de uma reunião com outros dois integrantes do TCP, conhecidos como "Piolho" e "Digão".
No encontro, de acordo com a DHNSG, uma desavença entre o grupo paramilitar e o tráfico acabou com Piolho e Digão mortos, supostamente executados pelo PM e ex-PM.
Na ocasião, o policial militar da ativa também ficou ferido por um tiro e, conforme os investigadores, tentou simular um assalto para justificar a lesão. No entanto, a versão foi desmentida pelas autoridades, que revelaram o verdadeiro motivo do confronto.
Após os procedimentos legais, ambos serão encaminhados ao sistema prisional e ficarão à disposição da Justiça.


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