Polícia
Polícia detalha esquema do tráfico em condomínios de Maricá
A Polícia Civil concluiu, após um ano, as investigações sobre a denúncia de que criminosos teriam expulsado alguns moradores de dois condomínios construídos com recursos do programa federal 'Minha Casa, Minha Vida', localizados nos distritos de Inoã e Itaipuaçu, ambos em Maricá.
Nesta quinta-feira (11), policiais da Delegacia de Maricá (82ª DP) realizaram a operação 'Rosa dos Ventos', com o objetivo de cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra os envolvidos.
Segundo a polícia, criminosos passaram a atuar no empreendimento após a expulsão. Armados, eles realizavam a venda de drogas e circulavam pela área comum do conjunto. Ainda não se sabe quantas famílias foram prejudicadas e expulsas do local.
"A investigação vem sendo planejada há muito tempo. Quando eu reassumi a delegacia fiz um levantamento sobre os roubos e tráfico de drogas no município e consegui, junto com a equipe, chegar até esses acusados que atuam nessas localidades. Como morador de Maricá a minha preocupação é o crescimento da população e a proximidade com as cidades vizinhas", disse o delegado titular da 82ª DP, Júlio César Mulatinho.
Mais de 100 suspeitos foram abordados durante a operação, que também aconteceu nas comunidades Rica Faca, em Inoã, e na Favela da Linha, no bairro São José do Imbassaí.
O delegado informou que um grupo de Whatsapp foi montado somente para os mais de 80 agentes trocarem informações sobre a operação.
Até às 12h30, a polícia havia prendido 11 acusados e apreendido um menor de idade, além de três mil drogas do tráfico, entre elas trouxinhas de maconha e pinos de cocaína.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) também atuou na operação. O MPRJ ficou responsável por realizar ações sobe a atuação de narcomilícia, que segundo as investigações é responsável por controlar a atuação de traficantes.
"Queremos evitar a criação de milícia em Maricá, pois a venda de botijões de gás e o fornecimento de internet já está sendo controlada por criminosos", concluiu Mulatinho.
De acordo com o MPRJ, além da venda de botijões de gás e o controle de sinal de internet, os criminosos também estavam impedindo o acesso de empresas e concessionárias de serviço público nas regiões.
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