Operação
Polícia prende quadrilha que causava terror na Baixada
Grupo teria causado um prejuízo de R$ 3 milhões
Uma quadrilha de roubo de cargas de cigarros na Baixada Fluminense é alvo de uma operação conjunta do Ministério Público e Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (24). Até o momento, seis pessoas foram presas e outros quatro mandados de prisão foram cumpridos no sistema prisional. Segundo as investigações, o grupo teria causado um prejuízo de R$ 3 milhões.
Ao todo, são cumpridos 16 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. Os alvos da segunda fase da Operação Torniquete integram uma associação criminosa voltada para a prática de roubo de cargas variadas, em especial contra a empresa de cigarros Souza Cruz, a principal vítima dos criminosos.
Policiais civis da 60ª DP (Campos Elíseos), a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, participam da operação.
O MPRJ denunciou à Justiça 16 pessoas pelos crimes de associação criminosa armada. Entre os denunciados, há um ex-policial militar. A inicial da ação penal foi recebida pela 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias.
Os mandados obtidos pelo Gaeco/MPRJ estão sendo cumpridos em Duque de Caxias, São João de Meriti, Itaboraí e na Capital (Barros Filho e Bangu - Complexo Penitenciário de Gericinó). A ação conta com o apoio do 15º Batalhão de Polícia Militar (Duque de Caxias).
Prejuízo
As investigações apontam, pelo menos, 15 ocorrências de roubo de cargas de cigarro, entre os anos de 2019 e 2020, envolvendo os denunciados. O Gaeco/MPRJ e a Polícia estimam que a associação criminosa tenha roubado 240.485 mil maços de cigarro da empresa Souza Cruz.
A denúncia também destaca a participação do grupo em roubos de cargas de alimentos, compras online, eletrodomésticos e veículos.
Ataques planejados
A ação penal encaminhada ao Judiciário detalha trocas de mensagens entre os criminosos, nas quais eles planejam a execução dos crimes. Os áudios analisados pela Civil mostram conversas que mencionam a intenção de levar o motorista de um dos roubos para a Comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, e que teriam 45 minutos para descarregar a carga.
As investigações também revelaram a aliança entre os denunciados e traficantes, estabelecendo que parte da carga seria entregue à "boca" para garantir a entrada dos produtos roubados naquela localidade. Em outras gravações, eles discutem a necessidade de uma van para transportar a carga roubada.
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