Polícia segue na busca de quarto envolvido em assalto a ônibus em SG

Policiais civis da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) seguem na busca de informações que levem ao paradeiro de um criminoso, conhecido como Cabelinho, único envolvido no assalto a ônibus na RJ-106, no bairro Engenho do Roçado, em São Gonçalo, no último dia 3, que segue foragido da policia.

Outros três bandidos foram presos pelos agentes civis um dia após a ação criminosa, que terminou com a morte de uma idosa, identificada como Elvira Ferreira Matos, de 75 anos, e três pessoas baleadas, sendo um deles um policial militar, que estava no interior do coletivo, e reagiu ao assalto.

Após roubar pertences e fugir em razão da reação do militar, os bandidos entraram no veículo que dava cobertura e seguiram em direção a unidades de saúde da região. O único que escapou da prisão foi o criminoso, conhecido como Cabelinho, que segue foragido da polícia.

Segundo o delegado Mário Lamblet, responsável pela investigação, os agentes conseguiram identificar o modus operandi da quadrilha. De acordo com o inquérito da especializada, quatro criminosos orquestraram a a ação. Segundo os agentes, o grupo se dividiu em duas duplas, em que uma delas seria responsável pelo roubo aos passageiros do coletivo e a outra faria a cobertura dos criminosos a bordo de um veículo, ainda não identificado.

“Identificamos a participação desse quarto suspeito e descobrimos que ele é ligado ao tráfico de drogas do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Estamos buscando a posição desse bandido na hierarquia do crime daquela região. Ele é o único foragido da ação, que, infelizmente acabou com a morte da idosa. Contamos com o apoio da população para chegar até esse criminoso, de vulgo Cabelinho, para concluirmos esse inquérito”, disse o delegado.

A especializada pede que quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro do criminoso possa denunciar através do (21) 2253-1177 ou através da própria Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) pelo telefone (21) 2717-2838.

Câmera flagrou ação

Imagens de câmeras de segurança do coletivo flagrou a ação dos criminosos, que entraram no coletivo, às 4h55 da última sexta-feira. A dupla de criminosos chega a sentar em bancos do coletivo e, poucos metros à frente, anunciam o assalto. Enquanto um foi até a roleta e solicitou que o motorista do passageiro parasse o coletivo próximo a entrada do bairro Ipiiba, o outro recolheu os pertences dos cerca de 40 passageiros.

Poucos segundos depois, o policial militar reagiu e houve uma intensa troca de tiros, gerando medo e desespero dos passageiros no coletivo. Nesse momento, uma idosa acabou sendo atingida por um disparo no tórax. O policial militar foi atingido no abdômen e um passageiro foi acertado na perna esquerda.

Na tentativa de fuga, a dupla de criminosos ainda ameaçaram o motorista, que abre a porta do coletivo e, ciente dos ferimentos causados nos passageiros, segue para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê. As imagens flagraram o policial militar sentado próximo à porta do coletivo, enquanto os passageiros, ainda assustados, tentavam auxiliar no socorro da idosa e do outro passageiro.

O trajeto do socorro dos feridos na ação criminosa dura cerca de 12 minutos e os passageiros saíram do ônibus, por volta das 5h10, na unidade de saúde. A idosa precisou ser carregada por funcionários do hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Roubos em queda

Embora a ação do quarteto de criminosos tenha causado morte e apreensão, o cenário de roubo a coletivos tem apresentado uma melhora na segurança dos passageiros de transporte público em São Gonçalo. De acordo com dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), o município registrou 15 crimes dessa magnitude em outubro deste ano, uma queda de 65% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 44 roubos a coletivo.

Com relação aos dez primeiros meses deste ano, a cidade teve uma queda de 34%. De janeiro a outubro deste ano, o município registrou 324 roubos a coletivos, enquanto, no mesmo período de 2020, houveram 492 casos dessa magnitude.