Eleições

Presidente de seção eleitoral é presa em Niterói

A jovem disse que foi acusada de fraude

A jovem foi levada para a delegacia da Polícia Federal, no Centro de Niterói
A jovem foi levada para a delegacia da Polícia Federal, no Centro de Niterói |  Foto: Marcelo Tavares
 

A presidente de uma das zonas eleitorais do Colégio Estadual Doutor Luciano Pestre, no bairro Caramujo, em Niterói, foi presa na manhã deste domingo (30), acusada de crime eleitoral. 

Segundo a Polícia Militar, um policial estava de serviço no local e foi abordado pela presidente de uma das zonas. Ela alegou que estava incomodada com a presença do cabo, lotado no 12º BPM (Niterói), e disse que era para ele se retirar e ficar do lado de fora.

Ainda segundo a PM, o policial disse que estava dentro da sua função legal e que ele precisava transitar nas seções para verificar se o processo eleitoral transcorria em sua normalidade. A jovem disse que era a presidente, apresentando seu crachá e insistia para o militar se retirar.

A corporação informou ainda que durante o diálogo entre o militar e a presidente, o policial observou uma bolsa com diversos adesivos  escrito “Fora, Bolsonaro”. Questionada sobre de quem era a bolsa, ela informou que era dela. 

Apesar da versão da polícia, a jovem usou sua rede social para falar do ocorrido antes de ser levada para a delegacia. 

"Eu estava na minha seção organizando a urna, quando um grupo de policiais entrou me acusando de fraudar a urna, dizendo que se eu estava querendo que eles saíssem era porque eu ia fraudar a urna. Eu falei que muitos policiais dentro da sala, ia ficar desorganizado, que era melhor eles procurarem outro local, mas eles disseram que eu era do outro lado, por isso que eu não gostava de policial. Eu falei que pessoalmente não estava me sentindo confortável de ficar com meia dúzia de homens armados de fuzil dentro da sala de votação”, contou.

A jovem disse ainda que o caso aconteceu antes dos portões serem abertos e que as salas ainda estavam no processo de arrumação das urnas.

“A agente estava arrumando a sala. Eles disseram que se eu estava desconfortável eu não deveria morar no lugar onde eu moro, que eu já deveria estar acostumada com armas. Eles entraram na sala, armados e me ameaçaram dizendo que eu estava do lado do Lula e que por isso que eu ia fraudar a urna”, relatou.

No vídeo, a jovem não citou os adesivos encontrados na bolsa. Ela  foi levada para a 78ª DP (Fonseca) e encaminhada para a Polícia Federal de Niterói. Procurada, a Polícia Militar ainda não se posicionou sobre a denúncia.

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