Presos por explodirem banco no Rio eram de Minas, Bahia e Paraíba

Pelo menos nove pessoas foram presas, na manhã desta quinta-feira (11), após tentativa de assalto a agência bancária da Caixa Econômica Federal, no Cocotá, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Nenhum valor foi levado da agência. 

A quadrilha, segundo a polícia, se escondia em favelas do Rio e tinha o aval do tráfico para atuar. Os criminosos são dos estados de Minas Gerais, Bahia e Paraíba. Eles estavam escondidos na Comunidade da Penha, na Zona Norte, onde recebiam apoio dos traficantes conhecidos como Abelha e Doca.

De acordo com a Polícia Civil, quatro criminosos foram capturados no local. Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) interceptaram outros cinco envolvidos, em dois veículos, na entrada da Comunidade da Nova Holanda. Dos nove presos, dois ficaram feridos em confronto e foram socorridos.

Segundo a polícia, os criminosos já estavam sendo monitorados partir de investigação da 25ª DP (Engenho Novo) e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (Ssinte).

Durante a fuga, houve troca de tiros entre policiais militares e os bandidos. A porta de vidro de uma clínica popular foi destruída ao ser atingida.

O carro, modelo HR-V, que estava com os criminosos, foi abandonado. Ele estava com mais de 20 perfurações de tiros. 

A polícia informou ainda que diligências estão em andamento e a investigação ficará a cargo da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).

Operação na Maré

A manhã desta quinta (11) também foi de confronto entre policiais militares, civis e criminosos durante uma ação no Complexo da Maré para tentar desarticular uma quadrilha de roubadores de carros e cargas. 

A 'Operação Torniquete' busca criminosos que integram quadrilha de roubo de carros na Nova Holanda e no Parque União. Mais de 30 motos já foram apreendidas e, pelo menos, três carros recuperados.

Em uma das últimas edições da ação, um homem foragido da Paraíba foi preso. Ele tinha acusações de homicídio e era o segundo homem na hierarquia do Complexo da Mangueirinha. 

Migração do crime

Criminosos de outros estados já são vistos vindo para o Rio com o apoio de facções que dão cobertura. 

Em março, uma megaoperação terminou com a morte do traficante Leonardo Costa Araújo, o Léo 41, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Além dele, segundo a polícia, nove eram do Pará e integravam a quadrilha. 

A Polícia Civil do Rio levantou uma estimativa de que ao menos 150 paraenses estão escondidos nas favelas do estado, de acordo com os dados obtidos pela inteligência da corporação.