Denúncia

Professor é acusado de assediar alunas em escola da Baixada

Prints revelaram conversas do docente com as menores de idade

Caso aconteceu em uma unidade particular do município
Caso aconteceu em uma unidade particular do município |  Foto: Karina Cruz
  

Um professor de matemática de um colégio particular, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, é acusado de assediar sexualmente uma aluna menor de idade. Segundo a denúncia, o educador teria oferecido R$ 250 a vítima, seguido de um convite para que a adolescente fosse até um motel após a aula.

Prints de celular revelam investidas sexuais do professor contra a menina. Outras garotas também teriam sido vítimas, segundo relatos. O caso foi registrado na 58ª DP (Posse).

Em uma conversa de Whatsapp, o professor diz: "Arruma uma foto dela e sua de biquíni. Só postam de roupa kkk [sic]", referindo-se sobre a aluna menor e uma colega de classe. "Quero ver a bundinha de vcs [sic]", continua.

Num outro trecho ele fala: "Meus programas são a tarde. Tipo saída da escola passando num motel... Vamos?? Kkkkk [sic]".

Outras garotas também teriam sido vítimas, segundo relatos
  

A secretaria da escola disse ao ENFOCO que o funcionário foi afastado nesta segunda-feira (8). Por telefone, uma funcionária informou que a acusação contra o professor foi motivo de surpresa.

"As providências cabíveis foram tomadas. A escola não esperava. O professor ontem [segunda] mesmo já foi afastado. A escola nunca esperava ter isso. A gente não conhece a índole das pessoas. Essa pessoa já foi punida", contou.

Indignação

De acordo com alunos, o pai da vítima foi até a escola para denunciar o caso. Ao chegar no local, ele gritou o nome do professor e proferiu xingamentos contra o acusado. A cena foi registrada em vídeo por uma estudante.

"Professor [nome], pedófilo. Professor de matemática. Se esse filho da p*** entrar aqui eu vou matar ele aqui mesmo", ameaçou o pai da aluna.

Na gravação, é possível ouvir colegas de classe apavorados. "O professor não pode fazer isso com as crianças", diz uma menina. "Quem está errado é o professor", continua. "Ele está certo. É a filha dele", conta. 

Investigação

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 58ª DP (Posse) e será encaminhado para a 52ª DP (Nova Iguaçu) para dar prosseguimento à investigação. A instituição disse ainda que diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.

O professor acusado trabalhava há dois anos na unidade. A funcionária Ludmila Gama, 41 anos, atua na administração e pediatria da escola. Ela classificou o ato do professor como repugnante. 

"A gente soube de tudo o que aconteceu ontem [segunda], apuramos os fatos, de imediato a gente já fez um desligamento por justa causa. Não é permitida mais a entrada dele aqui na nossa escola. Tudo o que ele fez é ato repugnante", disse.

Conforme a direção da escola, os responsáveis por duas alunas vítimas foram convocados após a unidade tomar ciência do caso.

"Conversamos com eles, demos esse suporte, a escola está aberta pra isso. A gente repudia toda essa atitude tomada pelo professor. Temos quase 60 anos de escola e nunca aconteceu nada disso, somos uma escola tradicional. Eu estudei aqui, o meu filho estuda aqui, a escola é dos meus pais, de família, e tudo o que ele fez é ato repugnante", continuou Ludmila.

A reportagem apurou que as alunas são de turmas diferentes. Elas já voltaram às aulas.

"Elas são de turmas diferentes, amigas. Elas já voltaram as aulas, estão aptas, alunas que estudam com a gente há anos. Nós fomos vítimas da situação, não só as meninas. Ele [professor] trabalha com a gente há dois anos, a admissão foi à base do currículo. Não tem como conhecer essa pessoa, adivinhar, infelizmente estamos passando por esta situação", lamentou Ludmila.

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