Crueldade
Professora implorou para não morrer, afirma suspeito à polícia
Vitória Romana Graça, de 26 anos, teve o corpo carbonizado
Choro e pedidos desesperados para não morrer. Foram esses os minutos finais da vida da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, que teve o corpo carbonizado e encontrado na última sexta-feira (11) no interior de uma residência, em Senador Camará, Zona Oeste da cidade.
A declaração foi dada à polícia, pelo terceiro suspeito de participação no crime: Edson Alves Viana Junior. Isso na tarde desta quarta-feira (16), conforme o Jornal O Globo teve acesso. Ele já está preso.
Leia+: Justiça mantém prisão de mulher acusada de matar professora no Rio
Leia+: Professora é sequestrada e corpo aparece carbonizado na Zona Oeste
"A todo tempo" ela teria afirmado obedecer aos agressores e implorava para que não lhe fizessem mal, ainda conforme o depoimento.
Edson ajudou no sequestro e na morte de Vitória ao lado da irmã Paula Custódio Vasconcelos e da sobrinha, de 14 anos, ex-namorada da professora.
À Polícia Civil, o suspeito disse que: "Vitória, chorando a todo tempo, dizia que iria dar o que eles quisessem, que não era para fazer nada de mal a ela".
Apesar da contribuição da professora durante o sequestro e nas extorções, os suspeitos teriam decidido enforcá-la com uma corda, colocando-a numa mala e ateando fogo em seguida.
A Justiça do Rio converteu para preventiva a prisão de Paula Custódio Vasconcelos, durante audiência de custódia realizada no domingo (13) no presídio José Frederico Marques, em Benfica.
Ela é acusada de matar, junto com a filha, uma adolescente de 14 anos, a professora Vitória Romana Graça, de 26 anos.
De acordo com a Justiça, diante da gravidade das denúncias, atendendo ao pedido do Ministério Público e pelo fato de a acusada já ter sido condenada por outros crimes, foi decretada a prisão preventiva de Paula devido ao risco que testemunhas ainda não ouvidas corriam se a acusada fosse libertada.
“Como se vê, a gravidade dos fatos é extremamente acentuada, tendo em vista a gravidade em concreto do crime, que revela a extrema periculosidade da custodiada e inadequação ao convívio social”, diz trecho da decisão.
Ainda de acordo com a Justiça, Paula já tinha condenação criminal transitada em julgado. Contra ela havia um mandado de prisão pendente.
De acordo com a Polícia Civil, além da audiência pelo sequestro e morte de Vitória, Paula também participou de uma segunda audiência, por ter sido condenada, em 2014, a seis anos de prisão por roubo.
Desaparecimento
Vitória desapareceu na noite da última quinta-feira (10) quando saiu da escola Oscar Thompson, em Santíssimo, onde leciona.
Depois que deixou a unidade de ensino, ela não foi mais vista. Policiais da 35ª DP (Campo Grande) começaram a investigar o desaparecimento e concluíram que Paula e a filha tinham participação no desaparecimento.
A mãe da professora prestou depoimento e contou aos investigadores que chegou a receber ameaças por telefone e que lhe pediram R$ 2 mil pelo resgate da filha.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!