Crime
Responsável por clínica foge após 'gato' de luz ser achado
Espaço deixava de registrar 66% do consumo de energia
A fuga do responsável por uma clínica de odontologia, na Estrada do Galeão, no bairro Jardim Carioca, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, marcou a noite desta quarta-feira (5).
Isso aconteceu após uma equipe da concessionária Light constatar um “gato” de energia no estabelecimento. A secretária do espaço foi conduzida à 37ª DP (Ilha do Governador) para prestar depoimento.
De acordo com a Light, o consultório possuía um desvio de energia, que fazia com que o medidor não registrasse o real consumo de energia.
"A fraude, confirmada por peritos da Polícia Civil, fazia com que a unidade deixasse de registrar 66% do consumo do estabelecimento", diz a nota da empresa.
Prejuízo
Presente em 31 municípios do Rio de Janeiro, a Light diz que atua, diariamente, em parceria com o poder público para coibir a prática. O prejuízo anual para a companhia é de cerca R$ 800 milhões.
Para se ter uma ideia do tamanho do desafio, a cada 100 clientes regulares há 34 que furtam energia.
Conforme a Light, o Rio é uma das áreas de concessão mais complexas do Brasil, com dificuldades estruturais históricas, em que os níveis de furto de energia são muito superiores à média nacional.
"O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de até oito anos de prisão, e causa prejuízos a toda a população. As ligações clandestinas são contra a lei e perigosas, pois podem ocasionar acidentes e incêndios. Além disso, este tipo de crime causa interrupções no fornecimento de energia, devido à sobrecarga na rede elétrica", enfatiza a concessionária.
Em locais com furto de energia, os transformadores da Light – configurados e instalados para atender os clientes da companhia naquela área – ficam sobrecarregados com a demanda irregular de energia provocada pelas ligações clandestinas.
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