Rio em guerra: tráfico fecha várias vias após megaoperação

A cidade do Rio de Janeiro vive um dia de tensão nesta terça-feira (28) por conta da grande operação policial que acontece desde a madrugada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte. A ação, comandada pela Polícia Militar, deixou até as 13h50 um saldo de 22 mortos e 81 pessoas presas, segundo informações oficiais. Entre os mortos dois polciais.

Por determinação do secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, toda a corporação entrou em estado de prontidão. O expediente administrativo das unidades foi suspenso, e todo o efetivo de policiamento foi direcionado para as ruas da cidade. A ordem do comando é reforçar a presença policial nas principais vias e locais de grande movimentação, com o objetivo de garantir o direito de ir e vir da população fluminense.

O Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio informou que o município entrou em Estágio 2, devido a ocorrências policiais que provocam interdições intermitentes em diversas vias das zonas Norte, Oeste e Sudoeste da cidade.

No início da tarde, a reação do tráfico provocou represálias em diversos pontos da cidade. Criminosos ergueram barricadas com veículos tomados e entulhos em importantes vias, como a Linha Amarela, a Serra Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier.

De acordo com o Rio Ônibus, o número de ocorrências envolvendo coletivos usados como barricadas é tão alto que não há mais como contabilizar todas. O transporte público e a mobilidade urbana foram severamente afetados, com interrupções e bloqueios em várias regiões, entre elas Anchieta, Méier, Serra Grajaú-Jacarepaguá, Avenida Brasil, Linha Amarela, Cidade de Deus, Chapadão, Engenho da Rainha, além dos complexos do Alemão e da Penha.

A operação mobiliza batalhões de diferentes regiões e deve se estender até que a situação seja controlada. O clima é de apreensão entre os moradores das áreas afetadas, que relatam intensos confrontos e dificuldades de deslocamento.

Autoridades reforçam o pedido para que a população evite transitar por áreas de risco e siga as orientações de segurança divulgadas pelos canais oficiais.