Luto
Silêncio marca velório de jovem morto após acidente em Niterói
Enterro aconteceu em cemitério de São Gonçalo nesta sexta (23)

Marcado por comoção e silêncio, o velório de Breno Freitas de Azevedo, de 22 anos, foi realizado na manhã desta sexta-feira (23) no Cemitério Parque Nictheroy, no bairro Laranjal, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Mais de 50 pessoas, entre parentes e amigos, estiveram presentes para se despedir do jovem, vítima de um grave acidente de trânsito na quinta (22), em Niterói.
Breno era passageiro de uma motocicleta de aplicativo quando ocorreu a colisão envolvendo ainda um carro e um caminhão, por volta das 6h, na Alameda São Boaventura, após a descida da Caixa D’Água, no bairro Fonseca, em Niterói. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado em estado grave para o Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), mas não resistiu aos ferimentos.
O motociclista, que transportava Breno e preferiu não se identificar por temer represálias, afirmou ter prestado toda a assistência possível no local do acidente. Segundo ele, o caminhão envolvido perdeu o freio, provocando a colisão.
Apesar do depoimento, o motociclista relatou estar sofrendo ameaças nas redes sociais, sendo acusado injustamente por outros colegas da categoria de não ter prestado socorro.
Nas redes sociais, Cíntia Freitas, mãe de Breno, saiu em defesa do motociclista e esclareceu os fatos. Em um texto comovente, ela pediu empatia e responsabilidade diante da tragédia que abalou sua família.
“Boa tarde! Gente, o menino envolvido no acidente é meu filho. O rapaz não abandonou meu filho lá, não. Ele estava com meu filho a todo momento, até a ambulância levar ele para o Azevedo Lima. Já entrei em contato com o rapaz, e tudo não passou de um mal-entendido. Infelizmente a vida é um sopro. Hoje eu choro pela perda do meu filho, mas Deus sabe de todas as coisas. O rapaz não teve culpa”, escreveu Cíntia.
Ela ainda reforçou que o aplicativo foi encerrado automaticamente, o que pode ter gerado confusão. E fez um apelo por mudanças na segurança da via, onde já ocorreram outros acidentes.
“Infelizmente, não é a primeira vez que temos acidentes ali na descida da Caixa D’Água. Precisam fazer uma rota de escape ou então proibir caminhões de passarem em determinado horário. Tô mal, é uma dor que não desejo a ninguém, mas não vamos culpar o rapaz.”
Segundo informações da polícia, o caso está sendo investigado pela 78ª DP (Fonseca). Os veículos envolvidos foram recolhidos para perícia, e os motoristas estão prestando depoimento para esclarecer as circunstâncias do acidente. Ainda não há confirmação oficial sobre eventual responsabilização da empresa do caminhão envolvido.
Devido ao luto, a família e amigos, visivelmente abalados, preferiram não dar entrevistas.


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