Investigações
Suspeito de raptar menina no Rio teria se passado por irmão dela
Homem chegou a falsificar documentos com os nomes iguais
Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, suspeito de cárcere privado ao raptar a jovem de 12 anos, no Rio e levá-la para o Maranhão, teria falsificado documentos para que a jovem aparentasse ser irmã dele.
Segundo a delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros do Rio (DDPA), responsável pelo caso, a menina narrou aos policiais maranhenses que Eduardo planejou a ida deles para o Nordeste.
Leia+: Criminoso pagou R$ 4 mil a carro de app e levou menina ao Maranhão
Leia+: Saiba quem é o acusado de trancar menina em quitinete no Maranhão
A menina contou que ele chegou a falsificar um documento de identidade para a criança e que afirmava que ela seria sua irmã, o documento teria até a mesma filiação para ambos.
De acordo com a delegada, a estratégia seria para driblar possíveis paradas policiais ou até mesmo que outras autoridades durante a viagem de carro do Rio para o Maranhão.
"Esse documento era um meio de justificar a presença daquela criança em um carro cortando o Brasil", contou a delegada.
Ela ainda contou que o documento não foi encontrado durante a varredura feita no quitinete, mas que caso seja localizada, Eduardo ainda responderá por falsificação de documentos.
No Maranhão, ele já possui um inquérito aberto onde ele é investigado por sequestro, cárcere privado e estupro de vulnerável (quando é cometido um ato sexual com alguém menor de 14 anos). Para à polícia, ele confessou que beijou a menina, mas negou que teve relações sexuais com ela.
A jovem passará por exame de corpo de delito ainda no Maranhão, para que seja apurado se houve conjunção carnal.
A polícia ainda investiga se a viagem foi feita através de um aplicativo de corrida particular ou então teria sido combinado diretamente com um motorista.
Pai da menina viaja
O pai da jovem de 12 anos viajou para o Maranhão nesta quarta-feira (15) para reencontrar e trazer a filha de volta para casa.
Ao portal “G1”, Alessandro Santana, pai da menina, contou: “Eu vou buscar a minha filha e trazê-la com segurança de volta para casa”. A família chegou a abrir uma vaquinha para conseguir dinheiro para buscar Alessandra em outro estado, já que ela está sem seus documentos.
Agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros viajaram junto com o pai da menina para a trazerem de volta.
Para Alessandro, a jovem ter sido encontrada depois de muito trabalho conjunto da DDPA e a Polícia Civil do Maranhão é um “alívio” e acaba com toda a angústia passada pela família, segundo o próprio pai.
Questionado sobre qual será a primeira coisa que fará quando ver a filha, Alessandro relatou que irá dizer que “a amo muito e senti muita falta dela nesses dias que ela ficou fora”, revelou o pai da menina.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!