Logo Enfoco


    Mira na BR

    Terror em São Gonçalo: atirar em inocentes vira tática do tráfico

    Quadrilha do Jardim Catarina adota medida para afastar a polícia

    Publicado 07/09/2025 às 7:20 | Atualizado em 07/09/2025 às 7:33 | Autor: Enfoco
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    O Jardim Catarina fica às margens da BR
    O Jardim Catarina fica às margens da BR |  Foto: Arquivo

    A violência no Jardim Catarina, em São Gonçalo, tem ganhado contornos ainda mais preocupantes. Foragido desde 30 de dezembro de 2023, Magno da Costa Maciel, o MG, assumiu a dianteira do tráfico na comunidade, sob domínio da facção Comando Vermelho (CV). Além do comércio de drogas, o grupo passou a adotar uma nova tática de terror: atirar contra inocentes para interromper operações policiais.

    Na última terça-feira (3), um homem de 76 anos morreu dentro de um ônibus e uma mulher ficou ferida enquanto estava em um carro de aplicativo.

    A 74ª DP (Alcântara) apura a possibilidade de disparos de traficantes direcionados à via com o objetivo de gerar comoção e obrigar os agentes do 7º BPM (São Gonçalo), que realizavam uma operação de retirada de barricadas a recuar.

    Do presídio ao comando do tráfico

    MG, também conhecido como Rabicó, havia sido preso em fevereiro de 2023 durante ação do 7º BPM (São Gonçalo), mas não retornou após deixar o presídio na saidinha de Natal, em dezembro de 2023. Em junho deste ano, um vídeo viralizou em grupos de WhatsApp mostrando o criminoso em um carro de luxo, escoltado por comparsas armados de fuzis, circulando livremente pela BR-101, na altura do Jardim Catarina.

    Nas imagens, também é possível ver o momento em que o grupo chega a apontar um dos fuzis para uma equipe da Polícia Militar, que estava baseada às margens da rodovia. Os agentes não perceberam a ação já que o carro tem película nos vidros.

    MG ou Rabicó é apontado como liderança tráfico no Jardim Catarina
    MG ou Rabicó é apontado como liderança tráfico no Jardim Catarina |  Foto: Reprodução

    Outro nome que atuaria na comunidade é Telmo de Souza Capela, o Telminho. Após deixar o sistema penitenciário em fevereiro deste ano, ele foi escalado pelo CV para reforçar o tráfico na Rocinha, Zona Sul do Rio. Ambos eram ligados a Schumaker do Catarina, morto em 2019 durante guerra de facções.

    Especialistas alertam

    Para o especialista em segurança pública Daniel Hirata, a população está exposta a um cenário de violência sem limites.

    “Os criminosos utilizam qualquer tática furtiva para atrapalhar ou escapar das operações. Atirar em inocentes é uma forma de forçar o recuo policial e expor a sociedade a riscos desmedidos”, avaliou.

    Hirata ressalta que o poder público precisa agir com planejamento:

    “Cabe, sim, às forças policiais e ao Estado garantir que as operações sejam realizadas de forma segura para a população.”

    Já o advogado criminalista Marcos Espínola afirma que a prática reflete uma crise estrutural.

    “Há um estado de emergência na segurança pública do Rio. Os mecanismos de prevenção e combate não estão sendo eficazes. É preciso mudar a lei para tornar esses crimes inafiançáveis e sem progressão de pena”, disse.

    Tags

    Enfoco

    Enfoco

    Enfoco - Informação de Verdade

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Filhote de baleia morre encalhada em praia do Rio; vídeo

    Relacionados em Polícia