Homicídio
'Tiros direcionados para ele', diz prima de morto em São Gonçalo
Bruno Longoburco foi baleado nesta quarta no Jardim Catarina
"Os tiros foram todos direcionados para o carro que meu primo estava dirigindo. O carro era do próprio patrão dele. O que ele foi fazer lá?". Essa é a principal pergunta feita pela empresária Mariana Longoburco para entender a morte do primo, o técnico de informática Bruno Jardim Longoburco. O rapaz, de 33 anos, foi baleado nesta quarta-feira (22) no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo.
Mariana e toda a família de Bruno ainda não entendem por que o patrão pediu para ele ir até um restaurante na região, antes de ser executado. O local estava fechado e não havia ninguém para atendê-lo, segundo familiares.
De acordo com Mariana, o restaurante é mais uma das empresas de propriedade do patrão do primo dela.
Esse está sendo um grande ponto de interrogação. Estava fechado e mandou ele lá
Mariana contou ainda que ficou sabendo da morte do primo quando estava na rua, após receber uma ligação do filho mais velho.
"Fui correndo pra lá e soube que houve um confronto de polícia com bandidos e que meu primo estaria passando no exato momento. Mas na realidade não houve tiroteio", contou.
Os familiares chegaram cedo no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó para liberar o corpo.
Porém, por volta das 8h50, o dono da empresa, acompanhado de uma advogada, também compareceu ao IML e foi expulso do local após um grande tumulto.
Familiares se desentenderam com o empresário que acabou com o rosto lesionado. Ele e a advogada saíram se falar com a imprensa.
O sangue do meu irmão está nas suas mãos, você vai pagar por isso. Ele deixou uma família cheia de sonhos
Bruno era casado e deixa uma filha de seis meses.
Em nota, a Polícia Militar disse que uma equipe do Serviço Reservado do 7º BPM (São Gonçalo) foi atacada a tiros na Rua Doutor Albino Imparato. Logo depois, os policiais encontraram a vítima morta dentro do carro.
O local foi isolado e a perícia realizada por agentes da Delegacia de Homicídio de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), onde o caso será investigado. A polícia está ouvindo testemunhas.
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