Atropelamento
Tragédia em motel de SG: falta de câmeras pode tardar investigações
Testemunha 'chave' prestará depoimento nesta quarta-feira (3)
A investigação da morte da camareira Soraia Mendonça Castanheiro, de 51 anos, está sendo conduzida pela 75ª DP (Rio do Ouro), que nesta quarta-feira (3), ouve uma testemunha considerada "chave".
No entanto, a falta de uma peça essencial para montar o "quebra-cabeça" e elucidar a dinâmica do fato pode atrasar o trabalho da Polícia Civil. É que o motel onde ocorreu o atropelamento não possui câmeras de segurança, exceto uma na recepção.
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Na manhã desta quarta-feira (3), o ENFOCO visitou o estabelecimento e confirmou a informação com os responsáveis pelo local.
"Infelizmente não foi registrado [o atropelamento] porque aqui só tem câmera lá dentro que fica na recepção", explicou um funcionário.
Testemunha ouvida
Uma testemunha considerada "chave" para a investigação irá prestar depoimento na tarde desta quarta-feira na 75ª DP. Inicialmente, o depoimento estava marcado para terça-feira (2), mas foi adiado devido ao sepultamento de Soraia.
Os funcionários do estabelecimento buscam forças para seguir com a rotina após a perda de Soraia, que trabalhava há três anos no local.
"Ela era uma pessoa maravilhosa e muito dedicada ao trabalho. Está sendo difícil ficar sem ela aqui, ainda mais em saber que ela não vai voltar. Isso é muito triste," lamentou uma amiga de trabalho, que preferiu não se identificar.
Os funcionários também relataram que esta foi a primeira vez que o motorista, responsável pelo acidente, esteve no local. "Nós conhecemos os nossos clientes, esse que fez isso nunca veio aqui. Nós não o conhecemos," afirmou um dos funcionários.
O portão do motel, que foi destruído devido à velocidade do carro no momento do acidente, está passando por reformas e será reinstalado em breve.
Motorista liberado
O veículo que atropelou Soraia, era dirigido por um motorista de 74 anos, que prestou depoimento na Delegacia de Rio do Ouro (75ª DP) e foi liberado. Segundo informações preliminares, na ocasião, ele estava acompanhado de uma mulher.
Na distrital, o idoso informou 'não se lembrar' do acidente. A Polícia Civil classifica o caso como lesão corporal culposa, ou seja, sem a intenção de matar.
O teste de alcoolemia realizado no condutor deu negativo para embriaguez, descartando a hipótese de consumo de álcool.
Questionada, a polícia não deu detalhes da pessoa que acompanhava o idoso, além da profissão dele e se o acusado pagou fiança. A reportagem também aguarda informações sobre possível perícia feita no carro.
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