DRF

Três presos em operação que mirou laranjas do tráfico na Baixada

Esquema criminoso movimentou mais de R$ 30 milhões em um ano

A operação foi realizada nesta quinta-feira (16)
A operação foi realizada nesta quinta-feira (16) |  Foto: PCERJ

Uma investigação conduzida pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) revelou um esquema que envolvia o roubo de veículos por traficantes e a posterior lavagem de dinheiro por meio da comercialização de peças que eram levadas para depósitos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e repassadas para outros estados do país. A operação realizada nesta quinta-feira (16) culminou na prisão de três pessoas.

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O delegado titular da DRF, Moysés Santana, compartilhou detalhes sobre a operação, destacando que a associação criminosa alvo das investigações estava especializada na lavagem de dinheiro proveniente da venda de peças de veículos roubados.

Delegado Moisés Santana
Delegado Moisés Santana |  Foto: Enfoco

“Estima-se que cerca de 80 veículos fossem levados semanalmente para comunidades de Belford Roxo, incluindo áreas como Guarda, Santa Tereza e Gogó da Ema, onde eram desmontados para a obtenção das peças. As peças retiradas durante os desmanches eram armazenadas em galpões alugados em nomes de laranjas, dificultando o rastreamento das atividades ilícitas. No entanto, a investigação conseguiu desvendar essa prática criminosa, revelando a rota que as peças tomavam após deixarem as comunidades”, disse.

Segundo o delegado, as peças eram transportadas para o estado de São Paulo, e depois distribuídas para vendas em outros estados.

"Essas peças eram transportadas por caminhão até São Paulo, onde eram comercializadas para diversos outros estados do país", explicou Santana.

Os agentes saíram para cumprir um total de quatro mandados de prisão temporária e 113 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Criminal Especializada. Entre os alvos estava Geonário Fernandes Pereira Moreno, conhecido como Genaro, apontado como chefe de uma facção criminosa. Robson Lopes Alves, também conhecido como Tobah ou Foca, foi preso em São Paulo.

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