Operação Maculados

Vereador de Rio das Ostras é preso acusado de corrupção

Operação do MP também afastou secretário de Saúde de Búzios

Vanderlan Moraes da Hora foi preso nesta quarta-feira (5)
Vanderlan Moraes da Hora foi preso nesta quarta-feira (5) |  Foto: MPRJ
 

O vereador de Rio das Ostras Vanderlan Moraes da Hora, foi preso na manhã desta quarta-feira (5), acusado pelo crime de corrupção ativa, durante operação do Ministério Público do Rio.

Também foi cumprido o afastamento cautelar do cargo de secretário municipal de Saúde de Armação dos Búzios, Leônidas Heringer Fernandes determinado pelo Juízo Criminal de Rio das Ostras.

Além do mandado de prisão, a Operação Maculados cumpre diversos mandados de busca e apreensão em Niterói, São Pedro da Aldeia e Rio das Ostras.

Segundo o MPRJ, Vanderlan ofereceu cargos em comissão e percentual de notas fiscais emitidas a um servidor público da cidade responsável por confeccionar termos de referências de licitações na área da saúde em ano de pandemia. 

"Houve o direcionamento de licitação que contou, ainda, com a participação dos sócios da empresa HJR Farma LTDA EPP e com o denunciado Leônidas Heringer Fernandes (atual secretário municipal de Saúde de Búzios) que exercia à época o cargo de coordenador do Fundo Municipal de Saúde de Rio das Ostras", divulgou o MPRJ.

O nome da operação é por conta da palavra mácula, que significa impureza. As investigações do MPRJ concluíram ainda que o momento em que Vanderlan Moraes da Hora ofereceu a proposta ao servidor público foi gravado pelo servidor e chegou ao conhecimento do órgão que, em atuação conjunta com diversas Promotorias da Região realizou perícias, oitivas e análise documental dos procedimentos, comprovando o direcionamento da licitação. 

"Em razão do procedimento licitatório viciado, o Município de Rio das Ostras realizou em 2021 (ano de pandemia de SARS-COVID) pagamentos no valor total de R$ 934.292,67. Durante os anos de 2017 a 2022 foram feitos pagamentos em favor da empresa em questão (HJR FARMA LTDA EPP) que superam o valor de R$ 4 milhões", divulgou o órgão.

A ação, conjunta, é da 1ª Promotoria de Justiça de Armação dos Búzios, da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Rio das Ostras, da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Macaé, da Promotoria de Justiça de Silva Jardim e da Promotoria de Justiça Cível de Cabo Frio, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

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