Vídeo mostra momento em que Moisés da Vila é executado

Câmeras de segurança de um posto de combustíveis registraram o exato momento em que Wilson Vieira Alves, mais conhecido como Moisés da Vila, é executado. O crime aconteceu na noite do último domingo (25), na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

A ação durou cerca de 15 segundos. No registro, um homem desce de uma motocicleta e executa o homem. Moisés estava acompanhado da esposa e a filha de 9 anos. Os suspeitos fugiram de moto em seguida. 

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O ex-presidente da Unidos de Vila Isabel estava a caminho da quadra da Portela, em Madureira, agremiação que sua esposa Shayene é musa, quando ocorreu o crime. No local, um evento para a escolha do samba-enredo da escola acontecia e foi interrompido para anunciar a morte dele. 

O crime aconteceu quando Moisés estava em uma farmácia, após abastecer o carro. O Portal dos Procurados divulgou, nesta terça-feira (27), um cartaz para ajudar nas investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O objetivo é tentar identificar e prender os envolvidos na morte.

Polícia acredita que atirador possa ter recolhido os projéteis deflagrados para não deixar vestígios

A Polícia Civil não encontrou nenhum vestígio de cápsulas deixadas no local. A suspeita da DHC é que o atirador possa ter recolhido os projéteis deflagrados para não deixar vestígios.

Ameaças

O corpo de Wilson Vieira Alves, também conhecido como Moisés, foi sepultado nesta última terça-feira (27), no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Durante a cerimônia, a esposa Shayene Cesário afirmou estar sofrendo ameaças.

"Fiquei desesperada pela minha vida, da minha filha e por ele. Minha filha tem nove anos e ela recebeu uma mensagem muito pesada dizendo que iam tirar a vida dela e a minha, ela ficou muito assustada. A gente teme a violência, ainda mais depois desse baque", contou.

Passagem pela polícia

Wilson foi preso pela Polícia Federal em abril de 2010, em sua casa em Copacabana, na Zona Sul do Rio, após ser acusado de envolvimento na máfia dos caça-níqueis, com atuação na região de Niterói e São Gonçalo. Em 2011, a 4ª Vara Federal de Niterói o condenou a 23 anos, um mês e dez dias de prisão. Sua defesa entrou com um pedido de habeas corpus e ele conseguiu deixar a prisão em 2012.

Em sua vida, ele foi acusado de contrabando, formação de quadrilha e corrupção ativa. Segundo denúncias, ele pagava policiais para informarem a ele quando teriam operações. Dessa forma, ele se preparava para que seu esquema de caça-níqueis não fosse prejudicado.