Rio

Alerj instala comissão que apura casos de pessoas desaparecidas

Comissão vai realizar audiências públicas pelo estado

Medida foi criada com o objetivo de frear número de casos.
Medida foi criada com o objetivo de frear número de casos. |  Foto: Júlia Passos/ Alerj
 

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), instalou nesta quarta-feira (30), a Comissão Especial Para Discutir e Tratar Soluções para o Enfrentamento do Problema de Pessoas Desaparecidas no estado. A medida foi proposta pelo deputado Danniel Librelon (Republicanos), que vai presidir a iniciativa. 

De acordo com o parlamentar, a ideia surgiu em 2019, mas que só agora conseguiu implementar a iniciativa. O parlamentar atentou que a Baixada Fluminense é o município onde acontece a maior parte dos casos.

"O tema de pessoas desaparecidas é muito relevante e merece toda a nossa atenção. Recentemente estive como relator da CPI das Crianças Desaparecidas, o que legitima a minha atuação à frente dessa importante Comissão Especial. No entanto, agora queremos tratar a questão do desaparecimento de uma forma mais abrangente. Recentemente o Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgou que só em 2021, foram mais de 4 mil desaparecimentos, o que segundo o órgão representa a maior alta desde o início da série histórica em 2002", pontuou.

Segundo ISP, em 2021 foram mais de 4 mil desaparecimentos, maior alta desde o início da série histórica em 2002
  

O deputado Márcio Gualberto (PSL), vice-presidente da Comissão, afirmou que o tema de pessoas desaparecidas é de grande importância.

"Eu sou inspetor da Polícia Civil e posso dizer que é um tipo de investigação complexa. Contudo, não tenho dúvidas que esta comissão vai prestar um grande serviço à sociedade, especialmente para as famílias que passam por esse trauma", disse.

Membro da comissão, a deputada Rosane Félix (PL) pontuou que a instalação dos trabalhos neste tema demonstra empatia com a questão das pessoas desaparecidas.

"Nossa comissão tem um desafio muito grande pela frente. E a gente vai precisar entender como as pessoas desaparecem e ninguém vê. Sabemos o sofrimento que é causado nas famílias, a incerteza, os traumas. Tudo isso gera problemas sérios. Mas, estamos aqui para ser a voz dessas famílias", afirmou.

No encontro, também ficou definido que haverá audiências públicas para tratar do tema nos municípios do Rio (capital), Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo. As datas ainda serão divulgadas. 

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