Política

Após romper com Dejorge, deputado de SG mira reeleição em 2022

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Deputado deve tentar uma vaga na Alerj para 2022. Foto: Vítor Soares

Eleito vereador por São Gonçalo em 2016 e reeleito em 2020 pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), o agora deputado Jalmir Júnior assumiu a vaga deixada pelo secretário de Defesa do Consumidor, Léo Vieira, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Júnior se candidatou ao cargo de deputado em 2018, alcançando mais de 18 mil votos, quantitativo que lhe rendeu a suplência do cargo.

Em entrevista ao Enfoco, o deputado fala sobre o fim da parceria com o padrinho político, Dejorge Patrício (Pros), por questões ideológicas, e mostra apoio ao prefeito Capitão Nelson (PL) e ao govenador Cláudio Castro (PL). No segundo mandato na Câmara gonçalense, Jalmir foi convidado para ser líder do governo, mas em seguida, acabou assumindo como deputado.

Passados cinco meses representando São Gonçalo na Alerj, o parlamentar faz um balanço do tempo na vaga e garante que não é 100% bolsonarista: 'me identifico com algumas questões, mas não sou radical'. Ele também se autointitula ser o único político na Alerj 100% de São Gonçalo.

Dejorge

Segundo Jalmir, o rompimento com Dejorge Patrício aconteceu por divergências entre os dois. Dejorge não apoiou a candidatura do atual prefeito Capitão Nelson na última eleição para o Executivo municipal em 2020. Em 2012, chegou a ser o vereador mais votado na cidade para em 2016, acabar derrotado pelo ex-prefeito José Luiz Nanci (Cidadania) no segundo turno.

"A gente precisava tomar essa decisão [de romper], seguir em frente. Eu lamento, porque não gostaria que isso acontecesse, mas são ciclos. Entendi que era o melhor momento pra mim. Apoiei o Dejorge no primeiro turno em 2020. Ele me ajudou muito, mas eu também o ajudei. Vivemos numa democracia, e ele não apoiou o capitão [Nelson], não foi parte da base do governo. Então foi por isso, não foi ingratidão da minha parte, traição, muito menos"

Partido

O deputado conta ainda que em menos de seis meses no cargo pretende disputar uma vaga eletiva no ano que vem no legislativo estadual. Para isso, precisa conversar e se entender com o atual partido, já que a legenda não apoia os atuais chefes dos executivos estadual e municipal. Outras siglas também o convidaram a ingressar. O deputado não descarta a ida para o próprio Partido Liberal, de Nelson e Castro, além de Altineu Côrtes, presidente da legenda no Rio e responsável pela ia de ambos. O presidente Jair Bolsonaro também acenou para a entrada no PL.

"A saída do PRTB depende de uma série de questões. Sou vereador licenciado, mas o partido ainda não conversou comigo. Preciso dialogar. Recebi convites, inclusive do PL, do Altineu, e hoje faço parte do governo do Capitão.O meu partido não é mais da base. Vamos conversar nos próximos dias, até porque é natural, estou na suplência, mas estou representando a cidade. Eu nunca escondi [desejo de ser candidato], mas a tendência que eu saia [do partido]"

Bolsonaro

Apesar de ser ex-militar e de se considerar de direita, o parlamentar nega que esteja fechado com o bolsonarismo, mas admite ser conservador.

"Sou centro-direita, tenho minha opinião formada sobre alguns conceitos, exponho isso buscando não ser de forma agressiva, mas não sou preconceituoso. Apoiamos Bolsonaro por direcionamento do partido, mas não sou bolsonarista. A gente tem que se posicionar, político não pode ficar em cima do muro. Mas o grande problema do país, hoje, é que se discute muitas questões ideológicas, e se esquece do povo, o que não leva a lugar nenhum. Fui cobrado pelos meus eleitores sobre a questão do Superman [postagem em que acabou na demissão do jogador de vôlei Maurício Souza na semana passada] e nos posicionamos, mas de forma respeitosa. Prefiro o Superman beijando a Lois Lane, mas não faltar com respeito com quem pensa diferente, não sou polêmico"

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