Política
'Chega de rachadinha', diz Moro na chegada ao Podemos
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A entrada de Sergio Moro na política partidária ocorreu oficialmente nesta quarta-feira (10). É que o ex-ministro e ex-juiz se filiou ao Podemos num evento realizado em Brasília. A solenidade ocorreu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e estava previsto desde o último dia 1º, quando a sigla confirmou a chegada do novo filiado.
Moro ainda não declarou qual cargo pretende concorrer nas Eleições 2022.
"Esse não é um projeto pessoal, mas sim um projeto de país. Nunca tive ambições políticas e sempre quis só ajudar. Mas, se para tanto, for necessário assumir a liderença desse projeto, meu nome sempre estará à disposição", afirmou.
Durante discurso, Moro abordou assuntos das mais diferentes áreas. Também afirmou que não renunciará aos princípios e ao compromisso com o povo brasileiro. "Nenhum cargo vale a sua alma", disse.
Ele ainda atacou: "chega de petrolão, chega de rachadinha, chega de orçamento secreto".
Por meio do Facebook, o Podemos publicou nota de boas vindas.
"Sergio Moro já enfrentou a corrupção de frente, lutou com coragem pelo Brasil e hoje estará com todos vocês que querem um Brasil justo", disse.
Sergio Moro ganhou notoriedade mundial ao ser o juiz responsável pelos processos da Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção da história do Brasil. À frente da 13ª Vara Federal de Curitiba, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamentos de propinas vieram à tona e grandes nomes da política e do empresariado brasileiro acabaram atrás das grades.
Antes da Lava Jato, no início dos anos 2000 Moro já havia condenado líderes do tráfico internacional, como Lucio Rueda Busto, do Cartel de Juarez, a maior organização criminosa do México, e Fernandinho Beira-Mar, que mesmo dentro da cadeia comandava a distribuição de drogas e armas.
Após 22 anos de magistratura, Moro deixou o Judiciário para ser ministro da Justiça. A principal aposta dele era o pacote anticrime, que foi enviado ao Congresso e teve tramitação conturbada. Dentre as 53 propostas do ex-ministro, foram rejeitados 28 itens.
Em abril de 2020, pediu demissão ao ser informado pelo presidente Jair Bolsonaro que trocaria o comando da Polícia Federal.
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