Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência da República, falou sobre o seu projeto de 30 anos para o país e citou que quer ''que o Brasil vire Portugal''. Ele foi o entrevistado desta terça-feira (23) no Jornal Nacional. Essa comparação se refere a alguns índices de desenvolvimento no país europeu.
O político aproveitou a exposição na maior emissora do país para falar sobre seus projetos. Entre eles, chamou a atenção a ideia de realizar plebiscitos programáticos. Ou seja, convocar a população para votar diretamente sobre determinados temas. Essa ideia, no entanto, não dependeria apenas do candidato caso ele fosse eleito.
Questionado sobre as críticas que faz aos também candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro explicou que precisa ser duro com quem ele acredita que é responsável pelos problemas brasileiros.
''Sempre posso rever meus conceitos, mas acredito que pessoas e grupos têm que ser responsabilizados. Estão tentando repertir o ano de 2018, essa polarização que eu não ajudei a construir'', argumentou.
Ao longo de toda a entrevista, o político reforçou que tem a missão de reconciliar o Brasil. Ele também aproveitou para criticar a polaridade política que o país vive e se colocou como uma terceira via para Lula e Bolsonaro.
''Você que vai votar no Lula para se livrar do Bolsonaro, me dê uma chance. Você que vai votar no Bolsonaro para não ter o Lula de volta, me dê uma chance'', pediu.
Entre as críticas específicas aos dois candidatos que lideram as pesquisas, ele citou que o PT, partido de Lula, "replica o populismo sul-americano".
Em relação aos números do país, fazendo uma crítica ao atual presidente, ele cita que o Brasil tem 3% da população mundial, mas que o país teve 11% das mortes por Covid-19 no planeta. Ele entende que esse dado é culpa de uma má gestão de Bolsonaro durante a pandemia.
Entre outras ideias, ele citou acabar com a possibilidade de reeleição e um programa de renda mínima familiar de R$ 1 mil. Além disso, Ciro falou sobre um projeto de "Lei Antiganância", que prevê que se uma pessoa pagar o dobro de uma dívida original por conta do juros, a dívida será considerada liquidada.
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