Política
'Deveria ter convidado o general Pazuello', dispara Lula sobre ações na Saúde de Maricá
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na noite desta quarta-feira (26), que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "deveria" ter sido convidado para um debate com o prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT), "para saber como se cuida da Saúde".
A fala foi dita após Horta citar as ações do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em São José de Imbassaí, que cuida de casos específicos de Covid-19, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, em bate-papo comemorativo aos 207 anos de emancipação político-administrativa de Maricá.
A unidade médica citada ocupa uma área total de 13 mil metros quadrados às margens do Km 22,5 da rodovia RJ-106 e é composta por três blocos: no bloco A estão localizados os consultórios médicos e a recepção; no B estão o centro cirúrgico e as UTIs, e no C funcionará a área de serviços como refeitórios, vestiários, administração e salas de TI.
"Em Maricá, as pessoas valorizam o Che Guevara, que se tornou referência regional do ponto de vista da Covid. Inauguramos já na pandemia, no dia 1º de maio [de 2020], como um grande desafio naquela primeira fase. Hoje tem salvado milhares de vidas. São 120 leitos, novecentos profissionais. Virou uma referência regional de atração das pessoas que necessitam de tratamento e também garante muita qualidade e dignidade para pessoas abatidas com a Covid", contou Fabiano Horta.
Logo após, Lula alfinetou Pazuello, um dos nomes principais ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado.
"Você deveria ter convidado o general Pazuello para ir aí para saber como se cuida de Saúde. Para ele saber como, mesmo em tempo de Covid, é possível dar dignidade e decência ao povo desse país. Se aquele general conhecesse um pouco do que estão fazendo em Maricá, do ponto de vista social, não teria tratado com tanta indecência e falta de respeito o povo pobre desse país que está morrendo de Covid", finalizou.
Pazuello negou, na última quarta (19), que tenha assumido o Ministério da Saúde sob a condição de seguir ordens do presidente da República, Jair Bolsonaro, de recomendar o chamado “tratamento precoce” para a Covid-19, que inclui medicamentos sem comprovação científica como a hidroxicloroquina. “Em hipótese alguma. O presidente nunca me deu ordens diretas para nada”, garantiu na ocasião.
Pazuello acrescentou que foi nomeado por Bolsonaro para “fazer as coisas andarem o mais rápido possível” e que a missão era “trocar a roda do carro com o carro andando”.
Sobre sua experiência para assumir o ministério, Pazuello lembrou as funções que exerceu ao longo da carreira, entre elas, o comando de hospitais de campanha, como na Operação Acolhida, na fronteira com a Venezuela.
Aos senadores, o general avaliou ser apto para o comando da pasta da Saúde por ter - assim como outros ministros não médicos que ocuparam o posto - capacidade de ouvir, sensibilidade para a tomada de decisão rápida.
Com Agência Brasil
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