Um documento interno da Polícia Militar obtido pela Globo revelou que a própria Corporação determinou que a escolta do vereador Gabriel Monteiro (PL) fosse feita "em toda extensão territorial" do Rio. As informações são do G1.
De acordo com a denúncia, o parlamentar chegou a pedir que a escolta o acompanhasse também em compromissos em São Paulo, o que foi negado. A determinação também estabeleceu que a proteção fosse feita com armas de calibre grosso, como fuzil, carabina e espingarda calibre 12. O documento que determinou o acompanhamento é de 1º de maio de 2021 e assinado pelo comandante interino da PM na ocasião, Vinicius Carvalho da Silva.
A documentação fala em proteger a integridade física do parlamentar. Confira um trecho do documento:
"Durante os deslocamentos para fins de cumprimento de sua agenda oficial e demandas de cunho pessoal em toda extensão territorial desta unidade federativa, orientando, inclusive, sobre eventuais situações que apresentem risco para o parlamentar a fim de que sejam adotadas providências para mitigar a exposição do parlamentar e sua equipe a riscos desnecessários", diz o texto.
O texto ainda determina o uso de uma viatura ostensiva. A determinação da PM veda que a guarda entre na residência do vereador. O uso indevido de escolta é um dos pontos apontados na denúncia contra o vereador que foi aceita pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal.
Procura a Polícia Militar do Rio de Janeiro ainda não respondeu, assim como a defesa do vereador Gabriel Monteiro.
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