Investigação

Não há comprovação de que Benny Briolly foi ameaçada por deputado

Vereadora é do PSOL

Vereadora já teve problemas com o deputado
Vereadora já teve problemas com o deputado |  Foto: Reprodução
 

Uma perícia contratada pela vereadora Benny Briolly (PSOL) confirmou que não há comprovação de que as ameaças sofridas por ela foram feitas pelo deputado Rodrigo Amorim (PTB). 

Na última sexta-feira (24), Benny registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), alegando ter recebido ameaças de morte vindas do e-mail oficial do gabinete do deputado. 

As investigações não conseguiram concluir que as ameaças realmente foram feitas pelo deputado. Depois do resultado, Benny ressaltou sua preocupação com a autoria das ameaças.

''Estou à disposição para colaborar com as investigações e fornecer o que for necessário para acharem os responsáveis pelas diversas ameaças de morte'', disse.

Os dois, Benny e Rodrigo, já protagonizaram desentendimentos e durante uma sessão extraordinária na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na ocasião, Rodrigo disse uma frase preconceituosa, alegando que Benny era uma ''aberração da natureza''. A vereadora também registrou um Boletim de Ocorrência para essa situação, que aconteceu no dia 17 de maio.

Confira o posicionamento completo:

''Estou à disposição para colaborar com as investigações e fornecer o que for necessário para acharem os responsáveis pelas diversas ameaças de morte. A extrema direita vem afirmando tratar-se de uma montagem ou fraude eleitoral, na tentativa de desqualificar as mais de 30 ameaças de morte que já recebi.

Tenho histórico na política de moral e caráter e compromisso com a verdade, diferente de bolsonaristas que quebraram a placa de minha amiga e companheira de luta Marielle Franco e a expõem dentro de seus gabinetes como um troféu de execução, outros que ameaçam a democracia e o STF e já estão inclusive condenados ou afastados de suas funções.

A estratégia da extrema direita bolsonarista, aliada ao gabinete do ódio, é de desqualificar nosso histórico de lutas e fazer uma cortina de fumaça sobre a quantidade de crimes e todas as ameaças que venho recebendo. Eu sou a principal interessada em desvendar os mandantes desses crimes.

Espero que a morosidade do judiciário e das investigações não emperrem por anos, até hoje não sabemos quem mandou matar Marielle, apesar das diversas ligações com a milícia e a extrema-direita. Eu quero saber quem é que me ameaça e exijo justiça. Não serei silenciada e não serei interrompida'', declarou.

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