Conservadora e cristã, a candidata Renata Esteves, do Partido da Mulher Brasileira (PMB), aceitou o desafio de concorrer ao cargo de prefeita em Niterói, alegando estar 'desacreditada politicamente'. Esteves quer enxugar a máquina pública, aliando inovação por meio de ferramentas tecnológicas.
Criada na Região Oceânica, tem entre suas principais ambições o desenvolvimento de políticas de valorização das mulheres e contribuir para o avanço da inclusão delas, em todos os espaços de poder.
- Por que os niteroienses devem apostar em Renata Esteves como prefeita da cidade pelos próximos quatro anos?
O meu objetivo, a minha missão de vida, quando eu aceitei esse desafio, foi para sair da minha zona de conforto, daquela minha falta de esperança da política, de estar desacreditada politicamente. Vou até confessar: ao ponto de chegar a pensar votar em branco e nulo. Só que se eu continuasse nesse posicionamento, continuaria mais quatro anos com as mesmas reivindicações e insatisfações. Niterói precisa de uma renovação, de pessoas sem vícios políticos, que estão se doando para buscar realmente uma nova gestão, uma nova forma de trabalho, precisa de enxugamento da máquina pública e trazer inovação através da implantação tecnológica.
- Qual é o principal problema da gestão municipal de Niterói?
Atualmente existem muitas promessas que não têm sido cumpridas. Posso dar um exemplo: no meu plano de governo, eu coloquei um programa - depende do estudo da viabilidade - que é o Asfalta Niterói. Chega perto das eleições, às ruas que já estão asfaltadas, elas passam por um recapeamento. Agora, na Região Oceânica, na Avenida Central mesmo, que é uma rua que consta para os cadastros da prefeitura como asfaltada, até o presente momento ela não foi asfaltada. Simplesmente perto das eleições, passam uma máquina para tirar essa parte dos buracos, mas basta uma chuva que os moradores continuam saindo de casa com os pés sujos de lama.
- E você vai solucionar essa adversidade, Renata?
Dentro desse meu plano, o meu objetivo é realmente a implantação tecnológica e o cruzamento de dados dessa base de informação da prefeitura de quais ruas constam como asfaltadas e a verificação daquelas que realmente na prática não estão. E dentro desses quatro anos, fazer um plano de metas para que as regiões sejam definitivamente asfaltadas e a gente consiga trazer uma melhor qualidade de vida para essas pessoas.
- Por que as mulheres precisam acreditar em você como prefeita de Niterói. O que você trará de novo?
Quando eu e a Soraia Catarino [vice] decidimos unir forças e formar a chapa 'puro sangue', já fazendo história, nos levantamos para ser voz da mulher e justamente para ela ter a inclusão. Por que não tornar a mulher em pé de igualdade com o gênero masculino na política? Então, é por essa razão que eu tenho dentro das minhas falas lutado para a consciência de que mulheres votem em mulheres e para que homens deem a oportunidade de mulheres também na política.
- Qual análise você faz de seus principais adversários em Niterói?
O meu diferencial, se comparado aos outros candidatos, é primeiramente porque eu não tenho essa questão de polarização partidária. O meu objetivo, embora filiada ao PMB, de fala e locução com o cidadão é brigar e lutar por uma mudança para a cidade de Niterói. Quando levantamos bandeiras, tanto partidária de esquerda e de direita, rompemos com o seguimento. Estamos em uma cidade onde temos que dialogar para todos. Dentro dos discursos dos colegas candidatos eles levantam bandeiras partidárias e com isso eles já têm um impasse, tanto no diálogo, como no próprio debate.
- Fale sobre as suas pretensões voltadas à área da Saúde?
Na área da Saúde e em todas as outras áreas o meu objetivo é o aperfeiçoamento do que já foi realizado pelo antigo governo. Quando falo em trazer hospital de referência, já existe o Alzira Reis, em Jurujuba, no qual ele precisa de aperfeiçoamento. Quando falo do enxugamento da máquina e a destinação correta da verba pública, é justamente aproveitar a estrutura que já existe. Dentro da área da Saúde, existem clínicas da família, que o atual governo disponibilizou nos bairros, dentro das suas circunscrições. Só que quando não colocamos plantonistas especializados nessas regiões, como atualmente acontece, mães acabam fazendo seu pré-natal com clínico geral, ao invés de fazer com especialista que seria a parte do ginecologista obstetra. Dentro desse hospital de referência da mulher, que meu desejo não é criar, mas reestruturar, é que essa mãe, a partir do momento da concepção do feto, ela consiga ter um hospital desde o início até o nascimento do filho.
- No seu plano de governo, você fala sobre criação de grandes eventos anuais a serem incluídos na rota nacional e internacional de turismo.
Temos praias lindíssimas, calçadões, então por que não construirmos um projeto de verão aonde as pessoas consigam ter expectativa de chegar aquela parte do verão, para conseguir ter atrações, festival de música, trazer cantores para que a gente possa atrair turista como em outras cidades? Quando coloco no meu plano de governo 'Muda Niterói', toda mudança precisa ser diagnosticada. Nesse primeiro momento, quando eu assumir a prefeitura, tem que ter essa verificação desses setores. Se precisar ser parceria público-privada vai ser, mas o nosso objetivo é a destinação correta da verba pública.
Quem é Renata Esteves?
A advogada Renata Esteves tem 33 anos, é casada e mãe de um filho. Nascida em Teresópolis, na Região Serrana, mora em Niterói desde os quatro anos de idade. É a primeira vez que tenta disputar um cargo eletivo.
Filiada ao Partido da Mulher Brasileira (PMB), Renata entra na disputa em chapa única com a psicóloga Soraia Catarino, da mesma sigla.
A candidata é pós-graduada em Direito Tributário, especialista e Coach Jurídico Empresarial. Foi Delegada da Ordem dos Advogados de Niterói no período de 2013 a 2015.
Renata se define como uma pessoa conservadora. Inclusive a candidata atua em seguimentos sociais, empresariais e cristãos.
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