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    Investigação

    Pedido de Bolsonaro para investigar Moraes é arquivado

    Decisão foi tomada pelo procurador-geral Augusto Aras

    Publicado 26/05/2022 às 20:55 | Autor: Enfoco
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    Augusto Aras arquivo ou pedido.
    Augusto Aras arquivo ou pedido. |  Foto: Roberto Jayme / TSE

    A Procuradoria-Geral da República, através do procurador-geral da República Augusto Aras, arquivou nesta quinta-feira (26) o pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

    Na semana passada, por meio do advogado Eduardo Reis Magalhães, Bolsonaro entrou com a ação na PGR, que é semelhante à queixa-crime por abuso de autoridade protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), contra Moraes e rejeitada pelo ministro Dias Toffoli. 

    Ao arquivar o pedido, o procurador-geral Augusto Aras afirmou que o mesmo procedimento está em tramitação no STF e não pode haver duplicidade. 

    A petição inicial que chegou ao STF e à PGR alegava que o ministro Alexandre de Moraes teria cometido ao menos cinco crimes previstos na Lei de Abuso de Autoridade (Lei 13.869/2019), entre eles o prolongamento injustificado do chamado Inquérito das Fake News, do qual o ministro é relator e no qual Bolsonaro figura como investigado.

    Ao analisar a ação, Toffoli, relator da ação, negou seguimento ao pedido de investigação. Na decisão, o ministro escreveu que “os fatos narrados na inicial evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito”.

    Em seguida, o presidente recorreu da decisão de Toffoli. No recurso, o advogado Eduardo Reis Magalhães pede que o ministro reconsidere sua decisão, envie a notícia-crime à procuradoria ou determine o julgamento do caso pelo plenário do STF. 

    O advogado citou a jurisprudência da Corte para embasar o pedido e justificar que bastam indícios mínimos para abertura de uma investigação. 

    "Ao receber o protocolo de uma notícia-crime, o STF tem entendido que não cabe ao ministro relator de tal expediente a tomada de qualquer providência, mas a ele incube tão somente a obrigação de enviar tal material para análise da Procuradoria-Geral da República", afirmou. 

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