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    Política

    PSL confirma rompimento com Witzel no Estado do Rio

    Publicado 16/09/2019 às 21:20 | Autor: Plantão Enfoco
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    Witzel, Flávio e Jair em encontro no Palácio do Planalto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    Em reunião na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na tarde desta segunda-feira (16), o Partido Social Liberal (PSL) confirmou o rompimento com a base do governador Wilson Witzel (PSC). Os deputados do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) cumpriram a ordem do senador Flávio Bolsonaro, atual presidente estadual da sigla.

    O líder da bancada do partido na Alerj, Dr. Serginho, foi o porta-voz do comunicado. Por nota, o deputado informou que o rompimento aconteceu por divergência de posicionamentos com o governador.

    "A bancada do PSL na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), por orientação do senador Flávio Bolsonaro, presidente estadual do PSL-RJ, não está na base do governo na Alerj a partir desta segunda-feira (16), por discordar de posicionamentos políticos do governador. Os 12 deputados do partido reiteram o compromisso com o Estado do Rio de Janeiro", afirmou a nota oficial.

    Na sexta-feira (13), o deputado federal Carlos Jordy (PSL) já havia comentado sobre o ‘rompimento total’, como consequência de uma prepotência de Witzel.

    “[Ele] foi eleito na onda Bolsonaro, tinha plena certeza disso e agora acha que ganhou a eleição sozinho. Disse que Bolsonaro não o ajudou e sim ele que ajudou o Bolsonaro”, argumentou Jordy, que ressaltou ainda a perda para a base do governo na Casa.

    “Um grave erro que prejudica a todos. Agora ele [Witzel] pode comprometer a gestão do Governo do Estado porque perdeu 12 deputados de 46 [base do governo], perdeu um quarto dos deputados que iriam ajudá-lo em várias questões importantes. E também a nível federal com o rompimento pode prejudicar a recuperação fiscal. O maior prejudicado é o cidadão do Estado”, completou.

    Motivo

    Na semana passada, Witzel afirmou em entrevista que foi eleito por mérito próprio, negando que o apoio do então candidato a presidência, Jair Bolsonaro, tenha sido fundamental para sua vitória. Além disso, ele ainda confirmou sua pré-candidatura à presidência. Para o PSL, esta postura foi considerada uma grave traição.

    Mas essa não foi a primeira vez que o rompimento havia sido cogitado. Em janeiro a bancada do PSL já havia ameaçado romper com o governador por conta do apoio a André Cecíliano (PT) a candidatura a presidência da casa.

    O governador não emitiu resposta sobre a decisão do PSL.

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