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    Dieta equilibrada

    Como o que comemos impacta no nosso corpo?

    Nutricionista explica sobre hábitos alimentares

    Publicado 16/10/2025 às 11:18 | Autor: Enfoco
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    A relação entre alimentação e felicidade é mais literal do que parece
    A relação entre alimentação e felicidade é mais literal do que parece |  Foto: Divulgação

    Comer não é apenas uma questão de saciar a fome. Cada escolha no prato impacta seu corpo, sua mente e até suas emoções. A alimentação vai muito além do peso na balança — ela é uma ferramenta poderosa para transformar sua saúde física, mental e emocional.

    O que colocamos no prato, segundo a nutricionista Marcela Fernanda dos Santos, tem impacto direto na forma como pensamos, sentimos e reagimos ao estresse.

    “Quando a gente fala em alimentação, estamos falando em química, mas também em emoção. O que comemos influencia neurotransmissores que regulam o humor, a memória e até a forma como reagimos aos desafios do dia a dia”, explica.

    Marcela afirma que uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, proteínas de qualidade e gorduras boas, sustenta não só o corpo, mas também a mente.

    “Já o consumo excessivo de ultraprocessados e açúcares simples pode gerar inflamações e desequilíbrios hormonais que comprometem o bem-estar.” Comida, segundo a nutricionista, é informação bioquímica e emocional.

    Os nutrientes do bom humor

    A relação entre alimentação e felicidade é mais literal do que parece. A produção de neurotransmissores como serotonina e dopamina, hormônios ligados ao humor, à motivação e ao prazer, depende diretamente de vitaminas e minerais presentes nos alimentos.

    Entre os aliados da serotonina, estão o triptofano, presente em ovos, peixes, cacau e oleaginosas, as vitaminas B6 e B9, o magnésio e o ômega-3.

    “Cerca de 90% da serotonina é produzida no intestino. Então, para ter bom humor, o primeiro passo é cuidar da saúde intestinal”, destaca Marcela.

    Já a dopamina, neurotransmissor da motivação e da energia, precisa de tirosina, vitaminas do complexo B, ferro, vitamina C e magnésio, nutrientes encontrados em carnes, leguminosas, sementes e frutas cítricas.

    “Um cérebro bem nutrido é um cérebro mais calmo, criativo e equilibrado”, alerta.

    Sono e energia: o reflexo do que se come

    O cardápio também pode ser decisivo para uma boa noite de sono.

    “Alimentos como banana, aveia, abacate e sementes estimulam a produção de melatonina, o hormônio do sono”, explica Marcela.

    Já bebidas energéticas, excesso de cafeína e refeições muito pesadas à noite dificultam o relaxamento.

    “O ideal é se alimentar até duas horas antes de dormir e optar por refeições leves, como caldos, peixes e vegetais assados. Uma opção simples e eficaz é banana amassada com aveia, cacau e sementes, combinação que favorece a produção de serotonina e melhora o sono”, orienta a especialista.

    Durante o dia, a energia e a produtividade também refletem o que se come. Combinar carboidratos complexos, proteínas magras e boas fontes de gordura mantém os níveis de glicose estáveis, evitando oscilações de humor e concentração.

    “Muitas vezes, o cansaço é apenas sede disfarçada. A hidratação é parte fundamental da nutrição”, reforça Marcela.

    Constância, não perfeição

    Em tempos de redes sociais e dietas da moda, Marcela faz um alerta contra o chamado “terrorismo nutricional”.

    “Equilíbrio não é perfeição. É constância com flexibilidade. Não existe erro em sair da rotina, desde que a base da alimentação seja nutritiva e consciente. A culpa adoece. Comer bem também é comer em paz.”

    A nutricionista explica ainda que cada fase da vida pede atenção diferente e tem suas propriedades nutricionais.

    “Na infância, a alimentação impacta o desenvolvimento cerebral e imunológico. Na adolescência, as demandas por ferro, cálcio e proteínas aumentam. Na vida adulta, o foco prioritário é manter energia, prevenir doenças e equilibrar o metabolismo. E no envelhecimento, o objetivo primordial é preservar massa magra, saúde intestinal e memória.”

    A nutrição, segundo Marcela, é dinâmica, ou seja, muda junto com o passar dos anos.

    Para a especialista, entender o alimento como ferramenta de autocuidado é o primeiro passo para uma vida mais leve.

    “Nutrição vai muito além da dieta, é um ato de conexão. Comer bem é uma forma de dizer ao corpo ‘eu te escuto, eu te respeito, eu quero te ver bem’. Quando a gente entende isso, a alimentação deixa de ser uma obrigação e vira um instrumento de equilíbrio, disposição e prazer”, finaliza.

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