Polícia

Vítima de feminicídio é enterrada sob dor e revolta em Maricá

Imagem ilustrativa da imagem Vítima de feminicídio é enterrada sob dor e revolta em Maricá
Cerimônia foi fechada e família não falou com a imprensa. Foto: reprodução/Marcelo Tavares

Dor, comoção e revolta marcaram o enterro da controladora de trânsito de Maricá Bruna Araujo Carvalho, 31 anos, morta nesta quinta-feira (13) pelo ex-marido. O crime aconteceu no bairro do Rio do Ouro, em São Gonçalo. Além de levar dois tiros, a moça ainda foi atingida por uma marreta e tijoladas. Após o episódio, o homem roubou um carro e morreu após se jogar da Ponte Rio-Niterói.

O enterro de Bruna aconteceu por volta das 16h no Cemitério Municipal de Maricá. Cerca de 100 pessoas, entre parentes e amigos, participaram da cerimônia, que foi fechada. Por conta da violência sofrida pela vítima, o caixão não pôde ser aberto.

Durante o velório, a mãe e mais dois parentes da vítima passaram mal e precisaram ser socorridos para o hospital da cidade. O enterro de Haroldo da Silva Amorim, de 30 anos, acontece também nesta sexta-feira no mesmo cemitério. O sepultamento está previsto para ocorrer por volta das 17h.

Bruna teria ido no imóvel do ex-marido para buscar alguns pertences e acabou atingida por dois tiros. Foto: Alex Ramos

As investigações do crime estão a cargo da Delegacia de Homicídios de Niterói (DHSGI). A polícia já sabe que o ex-marido não aceitava o fim do relacionamento. Segundo testemunhas, Bruna teria ido no imóvel do ex-marido para buscar alguns pertences e acabou atingida por dois tiros.

Ao tentar fugir do agressor, foi alcançada por ele, golpeada e morta. Após o assassinado, o homem roubou um carro, fugiu para a Ponte Rio-Niterói e se jogou. Ele chegou a ser socorrido por militares do Corpo de Bombeiros (Gmar), mas não resistiu e morreu no hospital.

Tiros

Vizinhos contaram ainda que o homem estava armado com um revólver e uma pistola e que chegaram a ouvir dois tiros por volta das 9h30. Foi quando a vítima, mesmo muito ferida e baleada, conseguiu correr para casa de moradores próximos.

“Ouvimos os barulhos dos tiros e a gritaria. Foi quando ela entrou e ele atrás dela, mandando a gente sair da frente. Ele terminou de matar e a gente assistiu ele dando tijolada e martelada. Pior coisa que eu já vi na minha vida. Ficamos impotentes, sem pode fazer nada”, disse uma testemunha que preferiu não se identificar.

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Anderson Justino

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