Política
Bolsonaro diz que a variante Ômicron pode sinalizar o fim da pandemia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (12) que a variante Ômicron, da Covid-19, é bem-vinda no Brasil. A declaração feita durante uma entrevista ao site de notícias Gazeta Brasil, teria partido, segundo ele, de 'pessoas estudiosas sérias' . No entanto, a afirmação do presidente acabou repercutindo na Organização Mundial de Saúde (OMS).
Jair Bolsonaro minimizou a força da nova variante justificando que a chegada da Ômicron pode sinalizar o término da pandemia. Na entrevista, entretanto, o presidente não divulgou quem seriam os estudiosos que garantem o argumento científico.
"A Ômicron já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem. Deve ter uma capacidade de se difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena. Dizem até que seria um vírus vacinal. Deveria até, segundo algumas pessoas estudiosas sérias, e não vinculadas a farmacêuticas. Dizem que a Ômicron é bem-vinda e pode, sim, sinalizar o fim da pandemia"
A declaração do presidente relembra teses relacionadas e já difundidas pelo próprio Bolsonaro, sobre a imunidade de rebanho. O presidente também minimizou a primeira morte pela nova variante no Brasil. Pois, segundo ele, o idoso de 68 anos, que morreu em Goiás, já sofria de problemas pulmonais, que se agravaram com a doença.
"A Ômicron não tem matado ninguém. O que morreu aqui em Goiás não foi de Ômicron… Com Ômicron… Na verdade, ele foi com Ômicron, e não de Ômicron".
OMS
Durante a conferência semanal da Organização Mundial da Saúde, o diretor de emergências, Michael Ryan, criticou a fala do presidente do Brasil.
"Nenhum vírus que mata pessoas é bem-vindo, especialmente quando há indivíduos sofrendo"
Segundo Ryan, apesar da nova cepa estar provocando sintomas leves na maioria dos pacientes, há muitas pessoas ao redor do mundo em hospitais em situação agravante e necessitando de aparalhos respiratórios.
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