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Quaquá critica Dilma Rousseff e afirma: 'continuarei a falar o que penso'

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Para Quaquá, a ex-presidente Dilma não teria mais 'relevância eleitoral'. Foto: Reprodução/Facebook

Após fazer críticas à ex-presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente do PT, Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá, disse que está 'longe de ser desrespeitoso' com a colega de partido. A declaração foi dada em entrevista à TV Fórum nesta terça-feira (5).

O cientista político já havia declarado ao colunista Guilherme Amado, no final de dezembro, que Rousseff não tinha mais 'relevância eleitoral' para o partido, algo que foi reafirmado no mais recente bate-papo.

"Longe de mim ser desrespeitoso com a presidenta Dilma. Ela é uma figura séria, que tem uma história na esquerda brasileira, foi uma presidenta injustiçada […] Não falei nenhuma mentira, duas questões: [jornalista] me perguntou se ela teria papel essencial na campanha do Lula e eu disse que não, porque ela não tem mais relevância eleitoral […] É uma questão de constatação, é só fazer pesquisa. Outra coisa foi que ela tratou de forma precária a nossa base de sustentação no Congresso", contou nesta terça.

Em artigo publicado por Washington Quaquá, no site do PT, na última segunda-feira (3), ele afirma que continuará emitindo opiniões.

"Quer dizer que agora meia dúzia de petistas querem calar a minha voz? A voz que o PT me deu e deu a milhões como eu? E ainda usando da prática da desqualificação a crítica e rasteira? Não me filiei a um partido de quadros, stalinista, sem direito a crítica e sem a prática do debate! Continuarei emitindo minhas opiniões, a não ser que o PT decida transformar opinião em crime e censurar o debate de ideias. Como isso não vai ocorrer eu continuarei a falar o que penso!", diz trecho.

Na entrevista desta terça, gravada em vídeo, Quaquá também fez queixa sobre a reação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, após o episódio envolvendo a ex-presidente.

“O setorial de Mulheres do PT veio soltar uma nota dizendo que era misoginia. O movimento de Mulheres precisa estar nas favelas, nas comunidades, organizando as mulheres que precisam de salário, de emprego, de creche, e não entrar na luta política. Onde já se viu fazer crítica virar misoginia? Fizeram o escarcéu que fizeram… Tentaram tirar a minha voz“, declarou Quaquá.

O Setorial de Mulheres reforçou o papel e a relevância de Dilma Rousseff dentro e fora do partido.

"O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras se orgulha de ter eleito a primeira presidenta na história do país que foi vítima de um golpe misógino, machista e anti-democrático", dizia o comunicado.

Ainda no final de dezembro, a presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, já havia saído em defesa de Rousseff, após a primeira entrevista de Quaquá.

"Dilma é importante e orgulha o PT. Primeira mulher a presidir o país. Retirada num golpe que nos trouxe a tragédia que vivemos hoje, denunciamos e lutamos contra", publicou no Twitter.

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