Afeto
Abraçar alivia o estresse, acolhe e fortalece vínculos
Hoje, dia 22 de maio, é comemorado o Dia do Abraço
Já abraçou alguém hoje? Já deu aquele abraço apertado e demorado nas pessoas que você mais ama? Hoje é comemorado o Dia do Abraço e a demonstração de carinho, afeto ou amizade, e que está presente em todas as culturas, é cientificamente comprovada pela medicina que faz bem para a saúde. Após um período pandêmico, onde ficamos afastados de quem amamos, a data esse ano vem ainda com mais peso, pois, devido a vacina e o controle da covid, podemos estar perto das pessoas novamente.
O abraço alivia o estresse e traz a sensação de acolhimento, isso porque no ato é liberado o hormônio oxitocina. Além do bem-estar emocional, os benefícios do abraço vão além e podem reduzir até dores físicas, pois, ele atua em uma área do cérebro que libera substâncias analgésicas.
Normalmente, o abraço demonstra um grau de intimidade, mas em algumas culturas, por exemplo, é comum abraçar em rituais festivos e a demonstração é usada também em projetos de ONGs e instituições que atendem refugiados, pessoas acamadas e em quadro de saúde terminal e pessoas em situaçaõ de rua e vulnerabilidade.
A data surgiu a partir da iniciativa do australiano Juan Mann, que criou a campanha 'Free Hugs Campaign', em 2004, com o objetivo de distribuir abraços "gratuitos" pelas ruas de Sydney.
Por isso, nesta data é normal comemorar dando muitos abraços, e com os famosos não foi diferente. A atriz Thais Fersoza aqueceu o coração dos seus seguidores neste domingo com uma foto em família digna de porta-retrato. No registro, ela está ao lado do marido, o cantor Michel Teló e dos filhos, Melinda e Teodoro.
Na legenda, ela escreveu: "E no Dia do Abraço… Os melhores abraços da nossa vida! Porque a gente gosta bem assim… Agarrado e apertado!".
O abraço cura
A psicóloga Andréa Lagareiro, mestre em Psicologia do Desenvolvimento (USP) e especializada em Psicopatologia, explica que em um aspecto neuroquímico, os abraços verdadeiros, que expressam carinho, disparam oxitocina, um neuro-hormônio que tem efeitos positivos na manutenção do estresse e das tensões, além da contribuição para o estabelecimento de vínculos afetuosos, empáticos e de confiança. Essa demonstração de carinho se entrelaça aos aspectos afetivos sociais, considerando que este tipo de contato nutre e faz a manutenção das relações, aproximando as pessoas pela expressão de afetos e vulnerabilidade necessários para entrar em contato com o outro, verdadeiramente.
"Não há uma linha de tratamento estruturada somente pelo abraço, mas é um comportamento incentivado, desde que seja respeitado os limites de cada um, uma vez que reduz o estresse, trabalha vínculos etc. Ele pode nos ajudar a fortalecer nossa rede de apoio, por exemplo, o que é interessante para a manutenção dos quadros patológicos, como depressão e ansiedade, por exemplo. Já existe muitas pesquisas a respeito dos benefícios do abraço para a saúde biopsicossocial no mundo todo, inclusive no Brasil", diz a especialista.
Andréa destaca ainda que há pesquisas que, além de evidenciar o benefício do abraço com questões de alívio do estresse e estabelecer vínculos, são estudados os efeitos da ausência de oxitocina endógena para a relação mãe e bebê.
"Outras pesquisas, ainda, relacionam a produção e secreção de ocitocina com áreas de vício no cérebro, apontando a dificuldade de determinadas áreas do cérebro em controlar o desejo de consumo de crack, por exemplo. Pesquisa-se também a relação com uso de outras substâncias psicoativas, como o álcool, por exemplo", diz.
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