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    Inédito

    Brasil lidera Mundial de Atletismo Paralímpico pela 1ª vez

    Delegação conquista 44 medalhas em Nova Déli e supera a China

    Publicado 05/10/2025 às 18:01 | Autor: Enfoco
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    Brasil encerra sua melhor participação em um Mundial de Atletismo Paralímpico
    Brasil encerra sua melhor participação em um Mundial de Atletismo Paralímpico |  Foto: Divulgação / CPB

    O Brasil encerrou neste domingo (5) sua participação no Mundial de Atletismo Paralímpico com um feito inédito: o primeiro lugar no quadro geral de medalhas. A delegação brasileira conquistou 44 pódios em Nova Déli, na Índia, sendo 15 de ouro, 20 de prata e nove de bronze, superando a China, que terminou com dois ouros a menos.

    A conquista marca a primeira vez que o país lidera a competição e apenas a segunda ocasião em que a China não ocupa o topo da tabela. A última havia sido há 12 anos, quando a Rússia terminou em primeiro lugar na edição de Lyon, na França. Desde então, o Brasil vinha se aproximando do posto nas últimas edições, sempre na segunda colocação.

    O último dia de competições foi decisivo para a campanha brasileira. Logo no início da manhã, Zileide Cassiano garantiu o ouro no salto em distância da classe T20 (deficiência intelectual), repetindo o resultado do Mundial de Kobe e superando a polonesa Karolina Kucharczyk, campeã paralímpica em Paris.

    Pouco depois, Jerusa Geber fez história ao vencer os 200 metros da classe T11 (cego total), chegando à sua 13ª medalha em Mundiais e se isolando como a atleta brasileira mais laureada da competição, ultrapassando Terezinha Guilhermina. Na mesma prova, Thalita Simplício conquistou o bronze.

    "Dois objetivos concluídos com sucesso: o tetra nos 100 metros e sair daqui como a atleta com maior número de medalhas em Mundiais. Quero continuar. Até onde aguentar, eu quero ir", afirmou Jerusa, de 43 anos, ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

    A terceira medalha dourada do dia veio após revisão da arbitragem. Clara Daniele, estreante em Mundiais, havia terminado com a prata nos 200 metros da classe T2 (baixa visão), mas o CPB entrou com protesto alegando que a atleta-guia da venezuelana Alejandra Lopez a puxou antes da linha de chegada, o que é proibido. O recurso foi aceito, e Clara herdou o ouro.

    O Brasil ainda somou mais dois pódios no encerramento da competição. Maria Clara Augusto conquistou a prata nos 200 metros da classe T47, chegando ao seu terceiro pódio na Índia, um recorde entre os brasileiros. No arremesso de peso das classes F42 e F63, Edenilson Floriani levou o bronze e quebrou seu próprio recorde das Américas.

    Também neste domingo, Thiago Paulino teve confirmada a medalha de prata no arremesso de peso da classe F57, disputada no sábado (4). O resultado havia sido questionado por um adversário, mas foi mantido após análise da arbitragem.

    Com a campanha histórica, o Brasil encerra sua melhor participação em um Mundial de Atletismo Paralímpico e projeta novos objetivos para os próximos ciclos. A meta agora é manter o desempenho nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028, e consolidar a posição entre as maiores potências do esporte mundial.

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